O primeiro-ministro da Espanha, Mariano Rajoy, disse que a quarta maior economia da zona do euro só pedirá ajuda do Banco Central Europeu (BCE) se precisar, na mais clara indicação até agora de que Madri está considerando a opção de ignorar um pedido de ajuda totalmente, uma ação vista como inconcebível algumas semanas atrás. Em entrevista a uma rádio, um pouco antes do início da segunda rodada de discussões da cúpula da União Europeia, em Bruxelas, Rajoy disse que a Espanha, “a partir de agora”, não precisa de ajuda, mas ele não podia descartar que essa ajuda será necessária daqui para frente.
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Em declarações anteriores, Rajoy e outros membros do governo da Espanha adotaram muitas vezes a posição de que a Espanha estava analisando todas as opções, mas evitaram dizer abertamente que era possível que o pedido de ajuda não fosse feito – esperando, ao invés disso, a hora adequada de fazê-lo.
O BCE se ofereceu para comprar a dívida do governo para reduzir os custos de financiamento: usando um mecanismo chamado de transações monetárias diretas (OMTs, em inglês), mas somente após os governos pedirem.
-Nós só vamos usar o mecanismo se for necessário para defender os interesses dos espanhóis e, se não for, então não vamos usá-lo- disse Rajoy.
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