A conferência Mídia Sul, evento que acada dois anos traz especialistas nacionais e internacionais em mercado de mídia a Florianópolis debateu nesta quinta-feira as revoluções da área de comunicação por qual o mundo vem passando. Neste ano, as palestras giraram em torno da temática “Novas Tecnologias e o Planejamento da Comunicação”. O evento é realizado pela B21 Negócios, em parceria com o Sindicato das Agências de Propaganda de Santa Catarina (Sinapro/SC) e terá mais uma série de palestras nesta sexta-feira.
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Confira o que cada palestrante abordou nesta quinta-feira:
Pyr Marcondes
“Todas as pesquisas, análises e estudos que tive acesso é possível perceber que os anunciantes estão investindo mais em dados (mídia programática e performance), engajamento, conteúdo e inovação. Hoje os anunciantes têm cada vez mais o olhar de publisher, cada vez mais montando estruturas internas para produzir seus próprios conteúdos.”
Luiz Buono, da Fábrica
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“É preciso colocar luz nas pessoas, com suas imperfeições e dilemas. É preciso ouvir todos. A agência que dá voz ao estagiário, ao pessoal de serviços gerais vai estimular um ambiente criativo. As ideias brotam desse ecossistema, onde todos se sentem parte de um processo maior”, disse. Buono entende que para se diferenciar no mercado, basta ter atitude. “Não há mais espaço para aquele perfil do cara que só faz o que mandam. Tem que olhar e fazer.”
Fernando Morgado, escritor
“No Brasil, 89% das pessoas ouvem rádio, 97% dos domicílios possuem TV e, por enquanto, 58 % das residências tem internet. São números que demonstram que embora exista um crescimento da internet, o consumo não diminuiu. A pessoa não ouve pelo rádio a pilha, mas via celular.”
Na visão de Morgado, o que vai se acentuar cada vez mais é a capacidade de interação entre rádio, TV e internet.
“Apps de rádio já possibilitam às emissoras terem uma medição imediata da audiência, inclusive com informações específicas. Os assuntos mais comentados do Twitter têm relação com o que está sendo transmitido na TV, gerando um engajamento interessante. A tendência é a conversão e trocas constantes.”
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Viviane Camargo, da Aurora Branding
“A era do produto foi superada pelas marcas que estão centradas no propósito. Os produtos são a consequência. O que importa é o que move as empresas, suas causas e bandeiras.”
Viviane sugere que as marcas desafiem o status quo, crie movimentos que reverberem na sociedade e se comprometa com um propósito.
“A fórmula que usamos na Aurora é identificar a verdade da empresa, a relevância daquele produto e a diferenciação. E a diferenciação não está no outro, mas na própria empresa.”
Renato Fernandez, chefe criativo da TBWA/Chiat/Day
“Oferecemos três vezes a ideia para a Adidas e eles não compravam. Então mudamos o slogan e com a mesma ideia vendemos para a Gatorade.”
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Para o curitibano, é importante estar atento a tudo a sua volta.
“Eu peguei ideias ouvindo crianças que não gostavam de Gatorade. A partir de um comentário de um garoto a gente mudou todo o conceito da marca.”