Nas portas das escolas e creches de Florianópolis, o movimento era tranquilo já no começo da manhã. No primeiro dia de ano letivo na rede pública de ensino da Capital, pais e alunos evitaram ir aos colégios e creches do município. Muitos servidores, em greve há 22 dias, também não apareceram.
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Na creche Monsenhor, no bairro Costeira, somente uma servidora foi vista trabalhando nesta quarta-feira. A mulher, que preferiu não se identificar, disse que não participa do movimento, mas é a favor da greve. Do lado de fora, em uma período de 30 minutos duas mães foram até o local procurar informações sobre a paralisação que segue sem data para terminar.
Uma das mãe é Débora Souza, que foi até a creche para tentar garantir uma vaga para o filho de 2 anos. De portas fechadas, voltou para a casa sem perspectiva de quando conseguirá resolver a situação.
— Faz dois anos que eu tento creche e nada. Todos os lugares eu chego me dizem que não tem vaga. Foi lá pra tentar ver se tinha vaga. Enquanto não resolverem eu não tenho ninguém pra deixar o menino — contou.
Na Lagoa na Conceição, a comunidade escolar foi avisada pelos servidores sobre a paralisação. Por isso, a movimentação é tranquila nesta manhã. Em cada uma das escolas, profissionais irão se revezar para estarem nas unidades esclarecendo as dúvidas dos pais e alunos.
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Na creche Almirante Lucas, localizada no centro de Florianópolis, três turmas seguem com aulas. Os três professores – dois ACTs (admitidos em caráter temporário) e um servidor da rede – fazem parte do movimento grevista, mas vieram até a escola para prestar informações aos pais nos primeiros dias de aula. Há servidores também trabalhando na secretaria.
Além da creche Monsenhor, a Anísio Teixeira, a Escola Básica municipal Adotiva Liberato Valentim, a Creche Municipal Hassis e o NEI Canto da Lagoa estavam sem aulas nesta manhã.
* Com informações da RBS TV e Maiara Vieira.