O município de Içara, a nove quilômetros de Criciúma, está prestes a receber o primeiro crematório do Sul do Estado e o único entre Balneário Camboriú e Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.
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Esta semana, o Crematório Millenium foi autorizado pela Justiça a operar após embargos que tiveram início no ano passado. O forno, que já está em Criciúma, deve chegar a Içara ainda esta semana para operar no bairro Liri. A previsão do proprietário, Paulo Sérgio Reichle, é de iniciar as operações em torno de 90 dias.
– Esperamos que a região venha buscar serviço conosco. É uma aposta para o futuro, temos uma perspectiva para longo prazo, mas devemos começar com umas quatro ou cinco cremações por mês – diz.
Instalação gerou polêmica
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No ano passado, a prefeitura de Içara manifestou uma proibição à instalação do crematório. A Justiça interveio, com um mandado de segurança que impede que as leis municipais editadas em 2013, que determinavam o afastamento da atividade a uma distância maior que 300 metros da rodovia SC-445, afetem o empreendimento. A empresa obteve licenças e o direito de construir o prédio onde o crematório funcionará antes de a regra entrar em vigor.
Reichle afirma cumprir todas as exigências do município, como um mínimo de 20 mil metros quadrados de área verde nos arredores do crematório, item acrescido em embargo do município baseado no artigo 17 do Decreto Estadual 30.570/86 no ano passado.
Em relação ao incômodo manifestado por moradores, ainda no ano passado, sobre a instalação da empresa, Reichle aponta que o processo de cremação, feito com equipamentos de tecnologia avançada, não soltará fumaça.
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– Alguns poucos moradores tinham alguma restrição pelo desconhecimento do processo de cremação. Além de não soltar fumaça, o crematório será em uma área isolada, com uma área verde de preservação permanente ao redor, pra que não tenha desconforto da sociedade – disse.
O procurador do município, Walterney Réus, disse que não irá se manifestar pois ainda não foi comunicado oficialmente sobre a decisão da Justiça, mas que a tendência é o município recorrer da decisão da Justiça.