Se engana quem pensa que a rotina de estudos para passar no vestibular é de abdicação total do tempo livre. Pelo menos é isso o que defende o primeiro colocado entre os classificados da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) na edição do vestibular unificado entre a instituição e o Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC). O listão com todos os aprovados foi divulgado nesta terça-feira (10).

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Guilherme Ryuji Weber Nakamura, 18 anos, é um “veterano” em vestibulares apesar da pouca idade. No ano passado, o estudante tirou a terceira nota mais alta do vestibular de 2022 enquanto cursava o segundo ano do ensino médio. 

Assim como na edição anterior, ele passou para o curso de Engenharia Mecânica. Ao todo, 21 mil pessoas se inscreveram no vestibular UFSC/IFSC. Foram oferecidas 5.506 vagas, sendo a maioria delas para cursos da UFSC. 

O estudante mora em Florianópolis e diz que escolheu a universidade por já conhecer a instituição “de dentro”. Anos atrás, ele chegou a participar de um curso preparatório para as olimpíadas de Matemática oferecido pela instituição.

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O último ano do Ensino Médio foi marcado por uma rotina dividida entre aulas na parte de manhã, estudos à tarde e descanso à noite e aos fins de semana. 

— Você pode pegar um momento do final de semana para revisar, mas não forçar. Não dá para se forçar demais porque só vai te deixar cansado — disse o estudante. 

Emoção marcou a divulgação dos resultados

Uma cerimônia marcou a entrega de certificados aos melhores colocados no vestibular da UFSC/IFSC. Mas antes de todos os nomes serem anunciados, já era possível ouvir os gritos dos futuros calouros. 

Os listões com todos os aprovados eram protegidos por papel pardo e divididos em colunas espalhadas pelo hall da reitoria. 

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Instantes antes do fim da cerimônia, eles foram rasgados por alguns dos estudantes que ali estavam. Sem alarde ou qualquer tipo de punição, funcionários da UFSC ajudaram a rasgar os que ainda restavam. 

Rogério levou uma faixa para comemorar aprovação da filha (Foto: Tiago Ghizoni, Diáro Catarinense)
Gualtiero passou em Direito e levou o filho para acompanhar a divulgação do resultado (Foto: Tiago Ghizoni, Diário Catarinense)

A explosão de alegria se traduz em abraços, ligações para a família e até num cartaz feito por Roberto Bark para a filha Ana Luzia, que depois de três vezes tentando passar para Medicina, um dos cursos mais concorridos do vestibular. 

Trinta e um anos após começar a graduação em Engenharia Mecânica sem conclusão, Gualtiero Schlichting Piccoli passou em Direito. A vida acadêmica passou pelo curso de graduação em Administração na Udesc e um mestrado na UFSC. 

— Eu sempre tive vontade de fazer Direito, mas aí o tempo foi passando. Agora eu resolvi realizar meu sonho — disse Gualtiero. 

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