O namorado do governador reeleito do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), passou a ser chamado de “primeiro-cavalheiro” nas redes sociais. O termo é uma adaptação de “primeira-dama”, designado às esposas de governadores e presidentes, mas não consta no “Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (Volp)”. Apesar disso, o professor de língua portuguesa Sérgio Nogueira explicou ao g1 que a denominação não está errada.

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Thalis Bolzan, de 30 anos, namorado de Leite, é capixaba e médico. Segundo a biografia do Instagram, ele fez mestrado na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), instituição em que se especializou em endocrinologia pediátrica. Após a vitória de Leite nas Eleições 2022, ele passou a receber mensagens de felicitação, onde foi citado como “primeiro-cavalheiro”.

O termo pode ser incluído no Volp, se a população aderir à nomenclatura, explica o professor Nogueira. O “Volp” faz o registro oficial de palavras do idioma e é organizado pela Academia Brasileira de Letras (ABL).

— Se o masculino de “dama” é cavalheiro, “primeiro-cavalheiro” pode existir no Volp um dia. O dicionário só registra depois que a palavra é usada oficialmente. É uma questão de opção usar ou não usar. Essa palavra ainda não tem registro, mas pode vir a ter. A gente precisa saber se a população vai adotar — afirmou o professor ao g1.

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Ele relembrou ainda que o Brasil já teve outros casos em que o posto de primeiro-cavalheiro foi ocupado, quando mulheres casadas foram eleitas para alguns cargos. 

— No Brasil, ainda não tivemos uma denominação formal para este cargo. Nós já conhecemos a nomenclatura “príncipe consorte”. Isso foi usado na Inglaterra para o marido da Rainha Elizabeth II, por exemplo. Aqui no Brasil, já tivemos alguns casos de governadoras mulheres, mas não lembro se a denominação foi usada — explicou Nogueira. 

Com informações do g1

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