Lula e Alckmin tomaram posse neste domingo e o primeiro dia útil de governo já tem pauta definida. Políticas contra a desigualdade social e a revogação de medidas que incentivam o armamento no país devem ser prioridade do novo governo nos próximos dias, conforme o próprio discurso do presidente. Os assuntos também estiveram no discurso emocionado que o novo presidente depois de receber a faixa oficial de pessoas que representam a diversidade da população brasileira.
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O combate à fome é prioridade. Plataforma de campanha e pauta cara ao presidente, as 33 milhões de pessoas que não possuem os nutrientes diários suficientes poderão contar com a ampliação de programas sociais desde esta segunda (2). Além da PEC da Transição, que viabilizou a manutenção dos auxílios à população mais carente.
Outro ponto de destaque é a volta dos investimentos na Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que, em geral, estoca alimentos durante a abundância e os solta no mercado durante as entressafras – com destaque para grãos -, o que reduz a inflação sobre a alimentação da população.
De acordo com ao menos três fontes ligadas ao Planalto, essa é uma das primeiras canetadas programadas por Lula para os próximos dias. Outras dizem respeito aos decretos relacionados a armamentos, que serão derrubados também no primeiro mês de governo. Como são legislações frágeis, decretadas, sem o aval do Congresso Nacional, sua validade pode ser extinta com atos administrativos simples.
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Lula chora, prega união e se compromete com combate à fome e desigualdade social
O Brasil no mundo
Na política internacional, a busca é pela retomada do protagonismo brasileiro entre a América Latina e a África, bem como recuperar a credibilidade junto aos Estados Unidos e a China, polos opostos na economia global. Em caráter reservado, uma diplomata de carreira lotada na representação brasileira em Moscou, na Rússia, contou à reportagem que um dos principais enfoques neste início de mandato é colocar o país como mediador no conflito russo-ucraniano.
Espera-se que o presidente Lula, com seu poder de conciliação, ajude a criar novos pontos de convergência multilateral. – projeta. – Com o presidente Bolsonaro, houve um alinhamento à Rússia, o que prejudicou nossa imagem e nos isolou um pouco mais.
O assunto global no qual o Brasil reinvidicará seu quinhão de protagonismo é a área ambiental. As falas de Lula sobre emissão zero de carbono e os cuidados com os biomas, com destaque para a Amazônia, agradaram tanto a comunidade internacional, quanto os mais novos servidores de ministérios. O entorno de Marina Silva (Rede), por exemplo, animou-se com as congratulações recebidas em função do discurso do petista ao público.
Tudo o que ouvimos rapidamente de países que têm esse interesse na preservação da Amazônia foi positivo — comenta, também sob anonimato. — Há uma pressão grande para que apresentamos um plano mais detalhado para conservação do nosso ativo ambiental.
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Segundo essa fonte, haverá mais detalhes sobre a atuação do Ministério do Meio Ambiente e da autoridade criada para a Amazônia – numa integração com o Ministério dos Povos Originários, ainda na primeira semana de governo.
*De Brasília, especial para o NSC Total
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