O juiz Gustavo Henrique Aracheski, da 2ª Vara Criminal de Joinville, condenou sete integrantes da organização criminosa denominada PGC (Primeiro Grupo Catarinense) a penas que, somadas, ultrapassam 78 anos de prisão em regime fechado.
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Esta foi a primeira sentença registrada contra integrantes da organização que atua no sistema prisional catarinense.
O grupo foi responsável, segundo a sentença divulgada nesta terça, por ordenar a prática de diversos atentados registrados na cidade no início deste ano.
Foram incendiados cinco ônibus de transporte coletivo, com prejuízo superior a R$ 250 mil, em crimes ocorridos em pouco mais de 48 horas, entre os dias 1, 2 e 3 de fevereiro de 2013. Também foram responsabilizados pelo ataque a tiros contra uma base operacional da Polícia Militar.
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O magistrado entendeu que os sete homens organizaram e determinaram a realização da série de ataques/atentados em Joinville. Os denunciados, segundo Aracheski, reuniram pessoas para executar os crimes e ainda lhe deram o respaldo necessário, seja no fornecimento de armas e veículos para deslocamento até os locais onde os crimes seriam cometidos, como a entrega de material inflamável.
O processo teve apoio em uma série de interceptações telefônicas autorizadas judicialmente em período imediatamente anterior aos atentados, em que fica claro o grau de articulação do PGC.
“Como se vê, não lhes é atribuída a execução propriamente dita dos incêndios e dos disparos de arma de fogo, senão a responsabilidade por haverem difundido e organizado no âmbito da comarca de Joinville o cumprimento da ordem do comando geral do Primeiro Grupo Catarinense (PGC) naquilo que foi chamado de “salve””, analisou o magistrado.
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Os condenados foram Ademir de Borba (12 anos), Antônio Rubens dos Reis (12 anos), Fábio Wress (12 anos, Gilmar dos Santos (12 anos), Carlos Jardel Correa (10 anos e oito meses), Maicon Vidal de Bonfim (10 anos e oito meses), e Rafael de Oliveira (nove anos e cinco meses), todos em regime fechado.
O grupo aguardava pelo julgamento na prisão, onde vão ficar até eventuais recursos ao Tribunal de Justiça.