A morte do professor universitário Alisson Klam, confirmada pelo hospital da Unimed de Chapecó como sendo a primeira causada por dengue em Santa Catarina, e que deve cofirmada pela secretaria de Saúde do Estado nas próximas horas, assustou somente uma parcela da população na maior cidade do Oeste.
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Professor morre de dengue em Chapecó
Enquanto alguns moradores evitaram até de sair de casa no final de semana, cogitaram levar os filhos para outra cidade ou intensificaram o uso de repelentes, há pessoas que tratam a doença como algo não tão grave. Mesmo a doença já tendo deixado uma viúva e duas crianças órfãs de pai.
– O pessoal não tem medo da dengue ou acha que não é verdade, que é politicagem ou coisa da mídia – afirmou a agente de endemias de Chapecó, Fernanda Machado, que ainda encontra resistência de alguns moradores.
Prova disso é que mesmo com as visitas rotineiras, as pessoas continuam deixando locais propícios para a proliferação do mosquito Aedes aegypti, que além da dengue podem transmitir a chikungunya e o zika vírus.
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No terreno do mecânico Robinson José do Prado, de 41 anos, que mora no bairro Alvorada, foram encontrados pneus com água, garrafas com água e um tambor com água.
Ele assinou um termo de responsabilidade para eliminar os pontos de proliferação do vetor. Mas também solicitou apoio do poder público para canalizar o esgoto a céu aberto que corre nos fundos de sua casa.
Três técnicos da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) de Santa Catarina, foram para Chapecó nesta segunda-feira visitar os hospitais onde o professor Alisson Klam esteve internado, o Hospital Regional do Oeste e o Hospital da Unimed. Eles foram levantar o histórico do paciente.
De acordo com informações repassadas por professores do Curso de Administração da Unochapecó, local onde ele dava aula, e que ficará até quarta-feira sem aula em luto,
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Alisson teria ido no final de semana para a cidade vizinha de São Carlos, onde moravam os familiares de sua esposa.Na segunda-feira ele sentiu alguns sintomas como dor de cabeça. Ele teria consultado e mesmo com suspeita de dengue melhorou e voltou a trabalhar. Na quarta-feira e quinta-feira falou para os colegas que sentia bem, só com um pouco de dor no corpo.Um colega chegou a dizer que se fosse dengue mesmo era sério e que deveria pressionar pelo resultado do exame.
Na quinta-feira o professor foi para casa e não voltou mais.Na sexta-feira começou a apresentar outros aspectos da doença, como vômitos. Foi levado para o Hospital Regional do Oeste onde teve hemorragias e três paradas cardíacas. Foi transferido para o Hospital da Unimed no final de semana e, no domingo, acabou falecendo. Resta para uma mãe explicar para os filhos explicar que o pai morreu por uma doença transmitida por um mosquito.