A primeira audiência para ouvir testemunhas da morte de Gabriella Custódio Silva ocorre nesta sexta-feira (4) em Joinville. O marido da jovem, Leonardo Natan Chaves Martins, de 21 anos, é o suspeito de matar a companheira com um tiro no peito. Em depoimento à Polícia Civil, ele afirmou que o disparo foi acidental. A vítima foi morta em 23 de julho.

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Segundo informações do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) a oitiva acontece em duas sessões: a primeira nesta sexta, às 14h, para ouvir testemunhas de acusação e a segunda em 11 de outubro para escutar os depoimentos da defesa do réu. Nestas audiências, o juiz vai instruir o processo criminal para que sejam realizados atos e assim chegar uma convicção sobre os fatos que ocorreram no dia da morte da jovem.

De acordo com o advogado do réu, Pedro Wellington Alves da Silva, a defesa irá acompanhar as oitivas no Fórum da cidade para ouvir as testemunhas sobre o caso. Um pedido de habeas corpus foi solicitado pela defesa no fim de agosto. A solicitação foi negada pelo TJSC, e agora aguarda o julgamento no Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília, que vai decidir se o jovem permanece preso.

Leonardo foi indiciado por feminicídio

Em 7 de agosto, a Polícia Civil concluiu o inquérito policial que indiciou o jovem por feminicídio — crime se caracteriza pela maior parte dos casos ter como principais suspeitos o companheiro ou ex-companheiro da vítima e estar relacionado à violência doméstica ou discriminação de gênero.

​​​Polícia faz reconstituição da morte de Gabriella Custódio Silva em Joinville​​

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​​​Celulares de Gabriella Custódio Silva e do marido não foram encontrados pela polícia em Joinville​​

Relembre o crime

Gabriella Custódio Silva foi morta com um tiro por volta das 17h30 do dia 23 de julho na rua Arno Krelling, no Distrito de Pirabeiraba, na zona Norte de Joinville. Gabriella teria sido atingida por um disparo de arma de fogo dentro de casa, colocada no porta-malas de um Chevrolet Captiva e levada ao Hospital Bethesda.

Após deixá-la no hospital, Leonardo Nathan fugiu do local. A partir da placa do veículo foi descoberto que o proprietário era o marido da vítima. Os policiais foram até o endereço registrado e não o encontraram.

Quando os policiais estavam realizando buscas, a Captiva passou pela rua com duas pessoas. O motorista informou que o veículo havia sido deixado na casa de um amigo e, posteriormente, descobriram que o carro estava envolvido no crime. Por isso, estavam o levando à casa do proprietário, quem eles conheciam.

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A Polícia Militar conduziu as duas pessoas até a Delegacia de Polícia para prestarem depoimento. Leonardo teria deixado Gabriella no hospital já sem vida.

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