Em assembleia realizada na manhã desta quarta-feira no Terminal de Integração do Centro, na Capital, trabalhadores do transporte coletivo da Grande Florianópolis decidiram entrar em greve. Segundo o secretário de comunicação do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo Urbano (Sintraturb), Antônio Carlos Martins, o encontro reuniu cerca de 600 pessoas e a decisão foi unânime.

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Outras duas assembleias estão previstas para ocorrer ainda hoje. Uma por volta das 15 e outra às 19h.

– Quem trabalha à tarde compareceu na reunião pela manhã. E quem trabahou pela manhã vai vir nas assembleias da tarde ou início da noite. Mas a tendência é que todos decidam pela greve, assim como ocorreu agora (pela manhã), quando todos votaram a favor – exlicou.

Segundo Martins, o sindicato da categoria tem cerca de 5 mil integrantes entre motoristas, cobradores e trabalhadores nas demais áreas. A greve deverá gerar transtornos na Grande Florianópolis.

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– Nós colocamos as reivindicações, mas as empresas encerraram as negociações na segunda-feira. Então a categoria não tem outra saída. Estamos deixando avisado para que a população fique ciente e possa se organizar. Os ônibus não irão circular na segunda-feira – alertou.

O Sintraturb garante que o aviso de paralisação ocorrerá 72h antes do início do movimento. No domingo, a categoria será convocada apenas para aclamar a greve. Com isso, motoristas e cobradores deverão cruzar os braços a partir da 0h de segunda-feira.

Impasse com empresas de ônibus:

Na última segunda-feira, rodada de negociações entre trabalhadores e empresas de ônibus terminou sem avanços. Na ocasião, a categoria já havia anunciado a possibilidade de greve.

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O presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Florianópolis (Setuf), Waldir Gomes, argumentou que as propostas para jornada de trabalho e aumento salarial são impraticáveis.

– Se eles entrarem em greve, vamos deixar a Justiça decidir – alega o presidente, que descarta a possibilidade de greve esta semana, já que a categoria precisa alertar a sociedade 72h antes, conforme prevê a legislação.

Principais reivindicações

:: Aumento salarial com base no INPC e mais 5%.

:: Redução da jornada de trabalho de 6h40min para 6h.

O que diz o Setuf

:: A redução da carga horária é inviável, pois exigiria a contratação de mais funcionários e as empresas não podem arcar com o custo.

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:: A prefeitura já sinalizou que não vai mais autorizar aumento de tarifa.