O aumento no número de turistas que visitam o Litoral de Santa Catarina no período de festas de fim de ano torna o desafio de evitar filas e congestionamentos nas rodovias uma tarefa quase impossível. No entanto, uma preocupação extra deve motivar atenção de agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) nos dias de movimento nas rodovias para tentar evitar congestionamentos ainda mais intensos.

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Trata-se de pequenos acidentes, como colisões traseiras leves registradas geralmente no “para e anda” de rodovias congestionadas. O inspetor Alexandre Castilho, do setor de Comunicação da PRF de Santa Catarina, afirma que sempre que possível os policiais vão reforçar a orientação aos motoristas para que eles retirem os carros do meio da pista em caso de acidentes sem vítimas, somente com danos materiais. Isso já é o que prevê a legislação e deve ser cobrado no monitoramento dos agentes nas rodovias federais no Estado nos próximos dias.

— Esse talvez seja o grande problema do trânsito nesta época do ano. Em congestionamentos, sempre tem alguma colisão traseira. Às vezes, ela sequer gera um amassado no veículo, no máximo um arranhão, mas as pessoas passam 20, 30 minutos sobre a rodovia discutindo quem vai ser responsabilizado. E 30 minutos nessas condições provocam filas de até quatro horas — explica o inspetor.

Conduta pode causar multa

Segundo o Código de Trânsito Brasileiro, deixar de remover o veículo do local em acidentes sem vítimas quando isso for necessário para dar segurança e fluidez ao trânsito é infração média, que pode render multa de R$ 130,16 e quatro pontos na carteira de habilitação.

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O especialista em Segurança no Trânsito, Emerson Andrade, afirma que esse tipo de situação vem sendo registrada com frequência em feriados. 

— É preciso remover o veículo dali e também é importante não parar no acostamento. Tirar o veículo, levar para uma marginal, um pátio de posto de combustível, praça de pedágio, qualquer lugar fora da rodovia. Nesses casos em que o veículo tem condições de transitar, é dever dos condutores tirar o veículo do local, mas não ajuda muito tirar dali e colocar no acostamento porque isso vai ocasionar além do congestionamento o risco de novos sinistros, talvez até mais graves — alerta.

Segundo ele, a orientação para os motoristas é bater foto dos veículos e das placas e trocar telefones com os envolvidos para depois registrar a ocorrência e procurar seus direitos.

O comando da Polícia Militar Rodoviária (PMRv) também confirma que essas pequenas colisões atrapalham o fluxo de veículos. Na SC-401, a rodovia estadual historicamente com o maior movimento, um guincho já fica localizado de forma permanente no início da via para providenciar a retirada de veículos que estraguem ou colidam na via que leva às praias do Norte da Ilha, em Florianópolis. A intenção é minimizar os possíveis efeitos desses pequenos incidentes no trânsito da rodovia.

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