Águas claras em tons esverdeados, com pouca correnteza, em dias de calor, são convidativas para um banho de mar. Mas não só os veranistas são atraídos para o litoral: as águas-vivas se proliferam em verões quentes e secos, como promete ser a nova temporada.
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Segundo a oceanógrafa Anette Kümmel Duarte, do Instituto de Oceanografia da Universidade Federal do Rio Grande (Furg), as águas-vivas – também chamadas de mães-d’água ou medusas – são trazidas para a costa gaúcha pelas correntes de águas quentes que chegam do norte, em busca de alimentos e para a reprodução.
– É preciso tomar cuidado, porque algumas conseguem sobreviver por algum tempo mesmo fora do mar. Elas conseguem se regenerar com muita facilidade – explica.
Neste mês, com o calor e uma virada no vento e na correnteza, milhares delas foram vistas na praia do Cassino, em Rio Grande, sul do Estado.
De acordo com a meteorologista Estael Sias, da Central de Meteorologia, o verão terá pouca chuva. O litoral gaúcho já apresenta déficit de precipitações, deixando o mar mais salgado e atraindo águas-vivas. As condições para o aparecimento desses animais só não são maiores em função da baixa temperatura da água.
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O que fazer
Para quem for atingido pelos tentáculos das águas-vivas – onde está o veneno que causa a queimadura – a dica é não esfregar o local, nem passar água doce, que pioram a dor.
– Deve-se retirar o tentáculo e passar uma compressa de gelo ou vinagre. O ferimento também pode ser lavado com água do mar – explica a dermatologista Marina Valério.
Caso a dor permaneça, é importante procurar atendimento médico.