O início da dragagem em Rio do Sul será adiado por pelo menos uma semana. O governador Jorginho Mello disse no sábado (4) que o motivo do atraso é a previsão de chuva para o dia 11 de maio, data em que o Estado planejava assinar a ordem de serviço para começar os trabalhos. A obra será feita em três rios da cidade e tem papel fundamental para minimizar o impacto das enchentes no Alto Vale.
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— Faz 30 anos que se espera, então uma semana a mais não faz diferença. Por que a Defesa Civil diz que vai chover muito nos dias 9, 10 e 11 lá no Alto Vale — afirmou.
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O Consórcio Rio do Sul venceu a disputa para executar a dragagem ao custo de R$ 16,2 milhões — praticamente metade do preço solicitado na primeira tentativa de contratação. Segundo Jorginho, um equipamento importado da Espanha será utilizado nos trabalhos. O objetivo é tirar pedras, areia e outros materiais acumulados no fundo dos rios.
O governador informou que para não gerar passivo ambiental, os prefeitos das cidades da região se comprometeram a reaproveitar ao menos em parte o que for retirado da água. O restante deve ser encaminhado para duas áreas de descarte já definidas, segundo informou à NSC o secretário de Estado da Proteção e Defesa Civil, coronel Fabiano de Souza.
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— Aquele rio está quase raso de tanto que assoreou. Então a água quem vem [da chuva] não tem como ir para o mar e sair da calha — afirmou Jorginho.
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Assista à explicação do governador
A dragagem será feita em 3 quilômetros do Rio Itajaí do Oeste, 4,5 quilômetros do Itajaí-Açu e 700 metros no Itajaí do Sul, todos em Rio do Sul. O cronograma ainda não está definido, mas o trabalho deve ocorrer em um rio por vez, sempre debaixo para cima, cita o coronel Fabiano de Souza.
Essa é a primeira ação do Programa Proteção Levada a Sério, a ser lançado em Santa Catarina. Por causa do avançar dos processos de contratação, o segundo passo deve ser a execução das minibarragens de Mirim Doce e Petrolândia. O governo do Estado não descarta a possibilidade de antes disso também conseguir assinar ordem de serviço para dragagem 3 quilômetros do Rio Itajaí do Oeste, em Taió.
A dragagem consiste na retirada de material do fundo dos rios, desde rochas até troncos de árvores e lixo acumulados durante inundações. Essa obra aumenta a capacidade de escoamento dos rios, o que reduz o risco de transbordamentos e inundações. Ainda assim, caso uma enchente ocorra, a água tende a escoar mais rápido em direção ao mar. Isso diminui o tempo de duração do alagamento.
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