O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma prévia da medição do Produto Interno Bruto (PIB), a soma das riquezas produzidas no país, avançou 0,98% em agosto em relação a julho, feitos os ajustes sazonais, divulgou nesta quinta-feira o Banco Central. O resultado veio em linha à expectativa de economistas, que esperavam um crescimento de 1%. Na passagem de junho para julho, a alta havia sido de 0,42%, revisado nesta quinta-feira para 0,49%.
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A expansão de 0,98% em agosto foi o quinto mês seguido de crescimento e o melhor desempenho em 17 meses. Essa aceleração corrobora expectativas de que o PIB – do qual o IBC-Br é considerado um termômetro – avançou a um ritmo anualizado próximo a 4% já no terceiro trimestre. Economistas vêm apontando indicadores de retomada como o fluxo de veículos pesados nas estradas, o aumento da expedição de papel ondulado e a elevação da confiança do empresário, que reforçaram a perspectiva de que a produção industrial, impulsionada por uma conjuntura mais favorável e não mais apenas pelos estímulos fiscais concedidos pelo governo, tenha tido crescimento bem mais forte e disseminado no mês de agosto.
Antes disso, outro indicador antecedente do PIB, calculado a cada mês pelo Itaú Unibanco, havia registrado alta de 0,9% em agosto na comparação com o mês anterior. Pelo indicador do banco privado, o comércio varejista e a indústria de transformação lideraram a alta da atividade econômica. O setor automobilístico, mais uma vez, contribuiu para a expansão da economia. Porém, desta vez, foi acompanhado de vários outros setores.
A alta das vendas no varejo foi marcada pela antecipação de consumo gerada pela expectativa de fim do desconto do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis. As vendas de veículos tiveram forte alta, sendo determinantes para o crescimento do varejo. No fim, o desconto do IPI foi renovado, mas o efeito inverso da antecipação de consumo apareceu em setembro. As vendas de veículos tiveram recuo acentuado em relação a agosto.
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