O nível de atividade econômica do país voltou a subir em outubro, primeiro mês do quarto trimestre, quando foi registrada uma alta de 0,36% no Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), indicador que tenta antecipar o resultado do Produto Interno Bruto (PIB).

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Segundo informações divulgadas nesta sexta-feira, o IBC-Br, após ajuste sazonal, somou 143,07 pontos em outubro, contra 142,56 pontos em setembro deste ano. Nos dez primeiros meses deste ano, na comparação com igual período de 2011, entretanto, foi registrada uma elevação de 1,57% no IBC-Br, segundo dados do Banco Central.

Na avaliação do economista-sênior do Besi Brasil, Flávio Serrano, o resultado mostra uma recuperação da economia, embora ainda tênue.

– Anualizado, o crescimento é de 4,4%, refletindo a recuperação depois da queda de setembro – diz, referindo-se à queda do índice do BC de 0,52% em setembro ante agosto, com ajuste.

Ele pondera, com isso, que “o Brasil não tem condição tranquila para acreditarmos que esse crescimento tende a ser sustentado”.

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Para Serrano, a atividade econômica tende a seguir com um comportamento volátil “reagindo temporariamente, mas não de forma consistente” a estímulos do governo.

– Em novembro, devemos ver contração da indústria, desaceleração do varejo e o IBC-Br virá fraco – prevê o economista do Besi Brasil.

Em setembro, o IBC-Br indicava um crescimento da economia bem maior do que o que realmente foi registrado. O índice mostrava crescimento de 1,15% no terceiro trimestre deste ano comparado com o período anterior, mas a expansão do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, ficou em 0,6%.

Depois da divulgação do PIB do terceiro trimestre pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), analistas do mercado financeiro continuaram revisando para baixo a projeção para o crescimento da economia. A última estimativa de pesquisa do Banco Central feita com instituições financeiras projeta crescimento da economia em 1,03%.

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O nível de atividade tem demorado a reagir neste ano apesar de uma série de medidas de estímulo à economia adotadas neste ano pelo governo federal, como a redução do IPI. Além disso, deu prosseguimento às desonerações da folha de pagamentos e vem reduzindo a taxa básica de juros desde agosto do ano passado.