Se as doenças respiratórias já são perigosas para adultos jovens para crianças e idosos o alerta precisa ser ainda mais constante. Nos últimos sete anos, 6.044 pessoas com 60 anos ou mais, morreram por conta destes vírus, além de 280 crianças com idades entre 1 e 4 anos.

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Um adulto fica com os sintomas da gripe pelo período médio de sete a 10 dias, os idosos precisam do dobro de tempo para se recuperar bem. Quando estão curados, os cuidados não podem ser deixados de lado. Como têm um metabolismo mais lento, precisam de resguardo até que a saúde se recomponha totalmente.

Desde chegada do H1N1 os idosos formam o grupo de pessoas menos atingido por este tipo de vírus. Há duas hipóteses para isso. A primeira é que eles viajam menos e, por consequência, estariam menos expostos ao contágio. A segunda é que os mais velhos teriam criado anticorpos para o vírus durante a epidemia de 1957 que se espalhou pelo mundo e tinha semelhanças com a gripe atual.

Cardiopatas As infecções virais ou bacterianas podem piorar o chamado débito cardíaco, ou seja, um funcionamento considerado abaixo do ideal, e provocar problemas gerais na saúde da pessoa. Então, é muito importante minimizar o risco de infecções nesses pacientes e cuidar para que não sejam contagiados pelo vírus da gripe.

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Imunodeficientes Quem tem aids ou diabetes ou passa por tratamentos pesados, como quimioterapia e radioterapia, costuma estar com o sistema imunológico em baixa, ficando mais suscetíveis a vírus e bactérias. Por isso, devem redobrar a atenção com a gripe A, que, mesmo pouco letal, pode evoluir para quadros graves em pacientes fragilizados.

Menores de dois anos Crianças muito pequenas merecem cuidados especiais porque seu organismo ainda não está maduro o suficiente e nem preparado para enfrentar os inimigos externos. São alvos mais fáceis para o vírus e possíveis complicações, como a pneumonia.

Portadores de doenças respiratórias crônicas Fumantes ou qualquer um que sofre com doenças crônicas do sistema respiratório, como asma, bronquite e enfisema, também apresentam riscos maiores de complicações por causa das alterações estruturais e inflamatórias dos brônquios e dos pulmões. O organismo já está minado por uma doença que ataca um sistema vital.

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Bebês de poucos meses correm mais risco em caso de contaminação? O meu filho mama no peito, isso o torna mais resistente? Os pacientes nos extremos de idade (menor de dois anos ou maiores de 60 anos) estão mais suscetíveis às complicações da gripe A (por exemplo, pneumonia) e, consequentemente, podem apresentar maior índice de mortalidade. Esses indivíduos, assim como pessoas dos outros grupos de risco para complicações (doenças crônicas pulmonares e cardíacas, gestantes, insuficiência renal, hemoglobinopatias, imunodeficiências), devem ser priorizados na prevenção e no tratamento desse tipo de infecção. O leite materno não fornece proteção contra a infecção pelo vírus novo.

Estou grávida e gostaria de saber quais as complicações geradas para o feto caso a mãe seja infectada pelo vírus da gripe A. Quais os riscos do antiviral disponível para o tratamento do feto? O antiviral, que antes era liberado, não é mais disponibilizado pelo governo, que o colocou somente à disposição dos hospitais que possuem internação para pacientes com a doença.

Sou asmática, tenho rinite e, vez ou outra, coriza. Tenho mais chances de contrair a gripe A do que outras pessoas? Os asmáticos são mais suscetíveis por terem uma doença pulmonar, mesmo que a doença esteja controlada por medicamentos.

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Como agir durante a gravidez

A gestante deve evitar contato com pacientes que forem diagnosticados com a gripe A. No início da gravidez, quando a febre chega a 38°C, o feto passa a correr risco de sofrer malformações.

Ao menor sinal de aumento da temperatura corporal, procure um médico.

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Alguns remédios muito populares não são recomendados para grávidas. É o caso da dipirona e do ácido acetilsalicílico, usados para baixar a febre, e que podem prejudicar o desenvolvimento do bebê.

A vacina contra a influenza comum está liberada, mas só a partir do segundo trimestre de gestação.

Cuidados como lavar sempre as mãos e evitar aglomerações devem ser redobrados.

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Como agir com as crianças

Os pais devem ficar sempre atentos às gripes, ainda mais com o novo vírus em circulação. O que os médicos pedem é que não haja histeria nem excessos. Avalie bem a situação. Se tiver dúvidas ou ficar angustiado, ligue para um médico e peça orientações.

Se a criança não está bem, vá ao consultório de um profissional conhecido ou a um posto de saúde. Assim, eles fazem as avaliações necessárias e você ajuda a não superlotar as emergências.

Tosse, espirros e indisposições breves não precisam de maiores cuidados. Aguarde para ver se a criança reage bem.

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Febre é sinal de alerta, mas abaixo dos 38°C e sem outros sintomas importantes não é necessário ir a uma emergência. O indicado é consultar o pediatra mais próximo ou de confiança. ?

Saiba como se prevenir contra a Gripe A