“ Diferentemente das mulheres, que são mais cuidadosas, os homens precisam ainda vencer o preconceito e o mito em relação aos cuidados com a própria saúde. Nesse sentido, a cultura machista ainda impera e é um dos principais impeditivos para a prevenção do câncer de próstata. Isso faz com que em alguns pacientes a doença evolua para um quadro fatal.
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As campanhas de conscientização, como o Novembro Azul, tentam mudar essa realidade, tendo um impacto importante no despertar da consciência da população masculina para a prevenção e na diminuição do preconceito. Comparo com a campanha contra o cigarro, que considero um sucesso absoluto. Antes, o número de fumantes era muito maior. Hoje, pela primeira vez na história, o Brasil tem mais ex-fumantes do que fumantes. Isso foi possível graças às campanhas de conscientização.
É importante destacar que junto a estas ações é preciso fazer com que o sistema público de saúde no Brasil também faça sua parte. É primordial que o homem tenha acesso rápido a urologista. As campanhas de conscientização são importantes, mas a luta para que a rede pública conceda à população acesso rápido aos profissionais também é.
Uma alternativa apresentada pelas Sociedades de Oncologia e Urologia ao Congresso Nacional é a criação de Unidades de Saúde do Homem para que tenham acesso rápido ao médico especialista.
Quando diagnosticado no começo, a chance de cura do câncer de próstata é de 90%. Na fase inicial, com a doença localizada, tanto a cirurgia quanto a radioterapia são os tratamentos capazes de recuperar o paciente. Em estágios mais avançados, quando a doença já se espalhou, o tratamento à base de medicamento, quimioterapia, entre outros, não é mais para curar e sim, para aumentar a sobrevida. Por isso o diagnóstico precoce torna-se tão importante.
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As estatísticas apontam que apenas 30% dos homens realizam os exames capazes de detectar o câncer de próstata na época adequada. A doença é silenciosa, por isso os homens devem se preocupar em fazer os exames preventivos. “