O câncer de mama é o segundo tipo mais comum da doença, ficando atrás apenas do câncer de pele. De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) em 2021, foram mais de 66 mil novos casos estimados no Brasil. Apesar de muito raro – 1% dos casos – homens também podem ter a doença.

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Não existe uma única causa que leva ao câncer de mama. Diversos fatores estão relacionados ao desenvolvimento da doença, como obesidade e sobrepeso após a menopausa, sedentarismo e consumo de bebida alcoólica.

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Além disso, a história reprodutiva e hormonal de uma mulher também pode significar riscos, como não ter tido filhos e/ou amamentado, e ter feito uso de contraceptivos orais (pílula anticoncepcional) por tempo prolongado.

Há ainda os fatores hereditários e genéticos. Histórico familiar de câncer de mama ou de ovário aumentam os riscos do problema de saúde. Mas, é importante reforçar que a presença de um ou mais desses fatores de risco não significa que a mulher terá, necessariamente, a doença.

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Por exemplo, no caso de alterações genéticas herdadas na família, existe um risco elevado de câncer de mama, mas, segundo o INCA, apenas 5 a 10% dos casos da doença estão relacionados a esses fatores.

O médico mastologista e ginecologista, Carlos Gustavo Crippa, da Clínica Soma, explica que diferente do câncer de pulmão, que tem como único agente causador o cigarro, o risco de desenvolvimento de câncer de mama é composto por uma série de pequenos fatores de risco. Dentro destes fatores, alguns são modificáveis e outros não:

— A idade da menarca, a quantidade de filhos, a idade dos primeiros filhos, o histórico familiar, a idade da menopausa são fatores não modificáveis que influenciam. Porém o peso, o sedentarismo, a exposição a determinados hormônios e a atividade física são fatores modificáveis — explica.

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Por isso, praticar exercícios físicos e evitar o consumo de bebidas alcoólicas são comportamentos que ajudam a reduzir o risco de câncer de mama. A amamentação também é considerada um fator protetor e deve ser estimulada pelo maior tempo possível.

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Apesar dos dados negativos sobre câncer de mama, há uma grande chance de cura quando o diagnóstico vem cedo. A cada três casos de câncer, um pode ser curado, se for descoberto logo no início, conforme o INCA.

A importância do auto exame

Um ponto que merece atenção é a idade. Apesar de mulheres jovens também poderem desenvolver o problema de saúde, o risco aumenta a partir dos 50 anos. Nessa fase da vida, é preciso ter cuidado redobrado. Conhecer o seu próprio corpo é uma importante tática de prevenção.

Quando conhece seus seios, a mulher tem mais chance de perceber diferenças incomuns. Por exemplo, é normal que a mulher tenha um seio maior que o outro. Ou, que os seios fiquem diferentes em alguns momentos do ciclo menstrual. Com autoconhecimento, é possível identificar quais são as variações normais e quais alterações são suspeitas.

Em mulheres com mais de 50 anos, qualquer caroço na mama deve ser investigado imediatamente. Grande parte dos carcinomas de mama podem ser descobertos através de apalpação. Nas mulheres mais jovens, é preciso procurar um médico se o caroço persistir por mais de um ciclo menstrual.

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No caso de notar alterações visíveis ou nódulo palpável, é preciso realizar a mamografia. O mastologista Carlos Crippa explica que a mamografia é a principal ferramenta para diagnósticos precoces e recomenda que mulheres de 40 a 70 anos façam uma mamografia a cada ano.

O médico ressalta que, muitas vezes, o câncer de mama não pode ser evitado, mas com um diagnóstico precoce, as chances de cura chegam a 90%. Para isso, é importante cuidados que vão além do autoexame.

— O mais importante de tudo é que a mulher visite o seu médico, seu ginecologista com regularidade. E ela estando dentro da faixa etária para realizar a mamografia, que ela faça mamografia anualmente. Essa seria a principal forma de a mulher se proteger com relação ao câncer — afirma.

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