A conta-gotas, conforme chegam diariamente as notícias de mortes por coronavírus no Brasil, é mais difícil de se compreender a situação. Mas a soma total nos leva a uma triste reflexão. Em pouco mais de dois meses de pandemia, o país acumula mais mortes por Covid-19 do que a população de cada uma de 4.401 cidades brasileiras. Se o ritmo dos últimos 10 dias se mantiver, a próxima semana marcará, logo no início, o registro de 30 mil vítimas.

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Com uma taxa média de 978 novos óbitos divulgados diariamente desde 19 de maio, os dados apontam que o país está longe de atingir o pico da pandemia. E ainda há chance de haver subnotificação das mortes.

No início da semana, a Organização Mundial da Saúde classificou a América do Sul como novo epicentro da covid-19, e o Brasil lidera esse pelotão.

Segundo estimativas do Instituto de Métricas e Avaliação em Saúde, da Universidade de Washington, que assessora a Organização Pan Americana de Saúde, o Brasil deve chegar a 75 mil mortes em 1º de julho – superior ao total de vítimas da violência nos últimos anos – e ultrapassar 121 mil em 1º de agosto, se o atual ritmo persistir.

E o desafio cresce à medida em que o tempo passa. Nenhum lugar do país que teve pacientes infectados já pode ser considerado livre do surto. Isso porque nenhum Estado conseguiu ter uma taxa de contágio abaixo de 1, isto é, quando uma pessoa infectada não transmite mais para pelo menos uma outra próxima.

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Não existe uma previsão para o Brasil todo de uma resolução. Conviveremos com essa doença por alguns meses ainda. Junho e julho serão os meses mais difíceis. Nenhum Estado conseguiu uma taxa de contágio abaixo de 1. Nosso futuro para os próximos dois meses é tenebrosoJúlio Croda, infectologista, ex-diretor de Imunizações do Ministério da Saúde (2019-2020) e pesquisador da Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz)

A dimensão continental, alertam especialistas, também é outro fator desafiador. Há muitas pandemias de coronavírus para um mesmo país, que ocorrem em velocidade e intensidade distintas. Isso porque, enquanto no Sul um percentual menor da população teve contato com o vírus, no Norte há regiões onde mais de 30% da população já foi infectada.

Segundo Croda, por mais pessoas terem se exposto ao novo coronavírus no Norte, esta deve ser a região do país que primeiro se livrará da pandemia, porque mais indivíduos puderam desenvolver anticorpos contra ele. Já no Sul e no Centro-Oeste, onde o contágio tem sido protelado com mais sucesso, é possível que o registro de casos cresça lentamente, por mais tempo, até o surgimento de uma vacina.

No entanto, essa exposição tem um preço. Manaus se tornou um dos lugares mais críticos do país, porque a oferta de UTIs e serviços de saúde no Estado do Amazonas é praticamente disponível apenas na capital. O Pará tem a maior taxa de circulação do vírus. O Nordeste é outra região amplamente infectada. Em Fortaleza, inicialmente o vírus contagiou moradores dos bairros mais nobres, hoje já se espalha pela população mais pobre, sobrecarregando hospitais públicos.

Caixões são carregados em cemitério de Manaus, uma das cidades mais críticas do país
Caixões são carregados em cemitério de Manaus, uma das cidades mais críticas do país (Foto: Michael Dantas, AFP)

Além de casos, mortes também são subnotificadas

O coronavírus tem por característica se espalhar muito rápido, já que uma das formas de propagação é por aerossóis – gotículas suspensas no ar. É daí o esforço para tentar conter o aumento exponencial de pessoas contaminadas ao mesmo tempo, o que sobrecarregaria os hospitais, caso a doença evolua para a forma mais severa.

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A pesquisa Epicovid19-BR, encomendada pelo Ministério da Saúde ainda na gestão de Luiz Henrique Mandetta, está sendo executada pela Universidade Federal de Pelotas. Os primeiros resultados foram divulgados nesta semana e indicam que o número de infectados em 90 cidades avaliadas é, em média, até sete vezes maior do que indicam os dados oficiais.

Com apoio de pesquisadores do Ibope, os cientistas coletaram amostras de indivíduos por todo o país para identificar se o organismo deles apresentava anticorpos para coronavírus, sinal de que já foram expostos ao vírus. Isso porque comparado a outros países, o Brasil testa muito pouco a população. E pessoas infectadas, mas sem sintomas do coronavírus, são um vetor poderoso de contaminação.

– O Brasil tem acertado em várias políticas do enfrentamento ao coronavírus. Lá no começo, acertou em relação à política de distanciamento social, não fez como outros países que demoraram. Está envolvido em estudos de vacina, de testagem de medicamentos, tem estudos epidemiológicos como este que apresentamos. Nosso grande calcanhar de Aquiles é a questão da testagem. O Brasil ainda testa muito pouco e de forma muito seletiva, somente pessoas com sintomas mais graves. O país precisa ter uma política de testagem muito mais ampla – afirma Pedro Hallal, epidemiologista e coordenador da pesquisa.

Embora o objetivo do estudo seja levantar a subnotificação de casos confirmados pelo Brasil, o professor Fernando Barros, epidemiologista e integrante da pesquisa, respondeu à NSC que também há indícios de haver mais óbitos do que os divulgados pelos governos, porque muita gente morreu sem ser testada.

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– É evidente que quando a gente encontra que o número de casos estimados é sete vezes maior do que os confirmados, isso indica que os óbitos confirmados também são subnotificados. porque as pessoas que falecem e não fizeram o teste, mas estavam doentes, não vão entrar como mortes confirmadas. Então é evidente que existe uma subnotificação de mortes também. Agora, não deve ser nessa dimensão (de 7 vezes mais). Deve ser menor e é mais difícil de estudar.

O Brasil só contabiliza mortes confirmadas oficialmente. No estado de Nova York, nos Estados Unidos, as autoridades também contabilizam as chamadas “mortes prováveis”, de óbitos de pessoas que tinham sintomas para covid-19, mas não tiveram testes feitos a tempo. Na Bélgica, esses casos já foram incorporados na estatística oficial.

Em algum momento nós vamos ter que avaliar o que fazer aqui. Ou vamos testar muito mais ou ficar ainda com subnotificação de mortes por Covid-19 também Fernando Barros, epidemiologista e integrante da pesquisa Epicovid19-BR

Brasil passou EUA e segue em ascensão no número de casos e mortes

Em meio a essa incerteza, os índices ainda são pouco animadores. O Brasil já ultrapassou os Estados Unidos no número de mortes diárias per capita nesta semana. Em número de mortes totais, segue uma curva de ascendência, ainda sem sinais de que vai declinar.

Em breve, vai superar também os EUA em número diário total de óbitos e de casos, acredita Júlio Croda, da Fiocruz.

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Todos os demais países ocidentais que passaram por essa situação, já indicam queda nos dados, como Reino Unido, Estados Unidos, Espanha, Itália. Outro país que vem no mesmo ritmo do Brasil é o México, também em plena ascensão da mortalidade, e deve triplicar os números até agosto, se mantiver a escalada atual. O Chile é outro que nas últimas semanas disparou em número de mortes e casos.

(Foto: Arte DC)

Situação de Santa Catarina é mais confortável, mas ainda exige atenção

O IHME de Washington também fez previsões para Santa Catarina. E indica que o Estado deve chegar em agosto com 443 mortes, cerca de 3,5 vezes mais do que registra nesta semana. Esses números, claro, podem ser revertidos se a população se cuidar mais, usar máscara, lavar as mãos e evitar sair de casa quando não for necessário. O isolamento social, inclusive, que funcionou bem em março, no início do surto, com picos de 73% dos catarinenses em casa, agora não consegue passar de 39% em dias úteis, segundo dados do In Loco, entre os mais baixos do país. Isso voltou a preocupar a Secretaria de Estado da Saúde.

Santa Catarina, por outro lado, está numa posição privilegiada quando comparada a outras regiões do país. Pelo menos essa é a visão do Júlio Croda, ex-diretor de Imunizações do Ministério da Saúde e pesquisador da Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz).

Na avaliação do especialista, o fato de ter mais casos que os vizinhos da Região Sul, mas apenas 1,7% de letalidade, quarta mais baixa do país, indica que o Estado está testando mais. A taxa de positividade – do total de testes feitos quantos deram positivo – também é uma das mais baixas do país. Enquanto SC tem 12,8%, o Pará tem 48%, o que significa que o Estado do Norte tem examinado apenas casos mais graves. Ampliar a testagem é preponderante para permitir a flexibilização do isolamento social, como a abertura do comércio.

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– Se diminui o isolamento, precisar detectar precocemente os casos E buscar os contatos próximos desses casos. Testando e isolando esses casos. Isso permite flexibilizar e retomar a economia. A eficiência de diagnosticar e isolar casos e contatos vai permitir economia mais aberta e evitar futura intensificação do distanciamento social

Outro fator essencial é manter baixa a ocupação das unidades de terapia intensiva (UTIs). Santa Catarina tem mantido 60% dos leitos ocupados. Segundo Croda, entre 75% e 80%, já não permite flexibilização. Por fim, é preciso ficar atento ao aumento diário no número de casos, e não a quantidade total, porque isso indica a velocidade do contágio da doença. Se tiver aumento súbito que indica no futuro chance de superlotar o serviço de saúde, o governo precisa antecipar ações duas semanas antes.

– É importante monitorar e reduzir a velocidade dessa curva epidemiológica. Se reduzir, vai preservar os leitos da UTI e manter a economia funcionando. Acho que SC teve aumento importante no número de casos nos últimos dias, mas está numa situação confortável – conclui Croda.

Diferenças e semelhanças no combate ao vírus no Brasil

A reportagem entrevistou médicos, pesquisadores e representantes de órgãos oficiais de Saúde em Amazonas, Ceará, Rio de Janeiro, São Paulo e Mato Grosso do Sul para analisar os diferentes momentos da pandemia, em comparação com Santa Catarina.

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Amazonas: primeiro a entrar no caos, na expectativa de ser o primeiro a sair

Hospital de campanha em Manaus montado para receber pacientes com covid-19
Hospital de campanha em Manaus montado para receber pacientes com covid-19 (Foto: Sandro Pereira /Fotoarena/Folhapress)

O tão falado “colapso do sistema de saúde” chegou primeiro no Amazonas. Ainda em abril, imagens de valas sendo abertas nos cemitérios de Manaus chocaram o Brasil e mostraram que a gravidade da pandemia no país era mais grave do que o imaginado por muitos. O estado do Norte do país foi o primeiro a enfrentar o caos da Covid-19, e agora vive um momento de incertezas sobre a retomada de atividades.

Professor da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e membro do grupo de pesquisadores que está desenvolvendo o projeto Atlas Covid-19, Henrique dos Santos Pereira, explica que o número de óbitos pela doença em Manaus tem caído sistematicamente nas últimas semanas, embora o número de casos confirmados continue aumentando. Esses dados colocam em dúvida a retomada das atividades econômicas na cidade, prevista para os primeiros dias de junho.

– Manaus é o epicentro da pandemia no estado, é também a casa de 50% da população e quase 90% da economia. Há muita atenção aqui, é a única cidade do Amazonas com leitos de UTI. No momento há grande apreensão sobre a próxima semana. Essa redução das mortes em maio é resultado do que foi feito lá em abril. A doença demora 22 dias para matar. O que eu estou vendo hoje significa o que aconteceu entre 15 e 22 dias atrás. Se liberar na semana que vem, só vou saber no fim de junho o impacto – avalia o pesquisador.

O professor pontua que a redução vista nas últimas semanas em Manaus tem a ver com “os melhores momentos do isolamento social” na cidade, que foram vividos em abril. Foi também o período em que, tardiamente, o maior estado em extensão territorial do país começou a fazer o controle do fluxo de barcos, onde havia um número elevado de pessoas contaminadas transitando entre as cidades.

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Ceará: medo de uma “segunda onda” no interior

Praia do Futuro, uma das mais frequentadas pelos moradores de Fortaleza (CE), vazia após bloqueio da Guarda de Trânsito ao fluxo de moradores devido ao coronavírus
Praia do Futuro, uma das mais frequentadas pelos moradores de Fortaleza (CE), vazia após bloqueio da Guarda de Trânsito ao fluxo de moradores devido ao coronavírus (Foto: Jarbas Oliveira/Folhapress)

Quarto estado do Brasil com mais casos confirmados de Covid-19, o Ceará viveu momentos distintos na pandemia. A explicação é do médico Guilherme Henn, presidente da Sociedade Cearense de Infectologia. Ele conta que a doença chegou cedo à capital Fortaleza, especialmente entre a população mais rica, que trouxe o coronavírus do exterior e, inicialmente, não respeitou o isolamento social.

Segundo ele, o vírus se espalhou rapidamente nos bairros nobres de Fortaleza e sobrecarregou os hospitais particulares, até que gradualmente migrou para outras áreas da capital.

– A medida que essa onda começou a reduzir na rede privada, começou a ter migração para zonas periféricas, em uma segunda onda muito mais complicada. Mesmo com medidas de isolamento, a população não estava seguindo, tinha uma dificuldade em fazer as pessoas acreditarem na gravidade. E com isso, cerca de três semanas atrás (início de maio), atingimos o caos no sistema de saúde. Houve na minha avaliação uma preparação razoavelmente boa, no sentido de tentar ampliar os leitos. O problema é que a fase chegou com muita força. É como fazer uma barreira com saco de areia para evitar ressaca na praia, mas aí vem um tsunami – avalia o infectologista.

Agora, o Ceará vê um momento de “platô” nos casos em Fortaleza, com números estabilizados e até em queda, mas enxerga um crescimento da doença no interior, o que preocupa ainda mais pelas áreas mais pobres que devem sobrecarregar os três grandes centros do estado: Fortaleza, Sobral e Juazeiro do Norte.

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Mato Grosso do Sul: Estado fechou-se cedo e colhe os frutos

Mato Grosso do Sul adotou testagem ampla e até drive-thru para detectar casos precoces
Mato Grosso do Sul adotou testagem ampla e até drive-thru para detectar casos precoces (Foto: Adailton Damasceno/Futura Press/Folhapress)

Menor número absoluto de casos confirmados, apenas 18 mortes e 1.186 casos, menor incidência de Covid-19 no país, conforme dados do último dia 27. O Mato Grosso do Sul fica no fim de todas as listas do coronavírus no Brasil, como o estado menos impactado pela pandemia até agora. Para o infectologista professor da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS) e pesquisador da Fiocruz, Julio Croda, o distanciamento social adotado com antecedência fez diferença:

– Bem antes de começar houve um aumento das medidas de isolamento, no sentido de fechar o comércio logo nos primeiros casos. Rodoviárias fechadas, aeroportos com controle, barreiras sanitárias na divisa com São Paulo e fechamento das fronteiras com Paraguai e Bolívia. Houve pouca importação de casos de outros lugares – diz o médico.

Croda destaca também que o estado adotou a testagem de pacientes em sistema de drive-thru utilizando o teste RT PCR (molecular), que é mais preciso que os testes rápidos. No entanto, o MS começou a flexibilizar as medidas nas últimas semanas e viu o número de casos confirmados dobrar em dez dias, com números puxados por dois focos de contaminação em frigoríficos. Estima-se que um trabalhador contaminado em um frigorífico foi associado a outros 204 pacientes na mesma cidade.

– Agora é muito importante o trabalho de buscar e isolar os casos confirmados. A eficiência desse isolamento é fundamental para no momento da flexibilização do isolamento social, você ter segurança de que os doentes vão contaminar menos pessoas – destaca o infectologista.

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Rio de Janeiro: maior mortalidade do país e dúvidas sobre isolamento

Movimentação de moradores na favela da Rocinha, na zona sul do Rio de Janeiro, durante o período de quarentena imposta pelo governo do Estado
Movimentação de moradores na favela da Rocinha, na zona sul do Rio de Janeiro, durante o período de quarentena imposta pelo governo do Estado (Foto: Fábio Teixeira/Folhapress)

Segundo estado do Brasil com mais casos de Covid-19 e, nos últimos dias, região com mais mortes confirmadas por dia, o Rio de Janeiro encara a pandemia com a perda de muitas vidas. Segundo o Ministério da Saúde, em índice reforçado por pesquisas recentes, o Rio tem a maior mortalidade por Covid-19 no Sul e Sudeste, e uma das maiores do país.

De acordo com os primeiros resultados da pesquisa nacional sobre coronavírus, feita pelo Ibope em parceria com a Universidade Federal de Pelotas (UFPel), o Rio de Janeiro é o segundo estado do Brasil com maior índice de isolamento social – 68,3%. No entanto, a capital fluminense vive a expectativa de retomada das atividades comerciais na próxima semana, conforme anúncio do prefeito Marcelo Crivella, embora a curva de casos na cidade continue em uma crescente.

Conforme pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), as medidas de isolamento deveriam seguir com rigor no estado. A previsão dos cientistas é de que a doença alcance o pico na primeira quinzena de junho, e o chamado “lockdown” é recomendado para evitar a contaminação em escalas ainda maiores. Professor de Medicina da UFRJ, Roberto Medronho é enfático:

– A adoção do “lockdown” é necessária, tendo em vista o comportamento da população até o momento e a insuficiência de infraestrutura hospitalar do Rio de Janeiro.

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São Paulo: quarentena reduziu mortes, diz governo

Pedestres usam máscaras para prevenção do novo coronavírusI na Avenida Paulista
Pedestres usam máscaras para prevenção do novo coronavírusI na Avenida Paulista (Foto: Charles Sholl/Brazil Photo Press/Folhapress)

Com os maiores números absolutos de mortes e pacientes com Covid-19 no Brasil, o estado de São Paulo adotou medidas duras de isolamento social, apenas com serviços emergenciais funcionando. Agora, o governo paulista começa a analisar um retorno aos poucos a partir do dia 1º de junho, com flexibilizações na quarentena específicas para cada região, com base no número de casos e na ocupação dos hospitais.

Embora os números de São Paulo sigam aumentando, o governo estadual defende que já é possível enxergar uma desaceleração da pandemia. Segundo as autoridades, a curva de crescimento atual é 10 vezes menor do que o esperado sem as medidas adotadas. Membro do Comitê de Contingência para Coronavírus do estado, o ex-secretario executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo, afirmou que o isolamento social tem efeito direto no achatamento da curva:

– As pessoas que dizem que as medidas que foram tomadas pelos governadores, pelos prefeitos não surtiram efeito no achatamento da curva. Isso não é verdade e isso precisa ser contestado com muita veemência. Na verdade, deveríamos dizer que apesar de todas as medidas, este foi o número de casos, número de óbitos que ocorreram. E ele é muito menor do que se não tivéssemos feito, se não tivéssemos tomado todas essas medidas.

Passa de 200 o total de cidades com casos em SC
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