Um homem de 58 anos foi preso suspeito abusar sexualmente de várias crianças ao longo de 15 anos em Garuva, cidade do Norte catarinense. De acordo com o delegado Eduardo Defaveri, responsável pelo caso, o investigado era prestador de serviços gerais e trabalhava para as famílias das vítimas.
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Segundo o delegado, os crimes passaram a ser cometidos em 2011 e, desde o ano passado, após a denúncia de um dos pais, o homem passou a ser investigado. Conforme apontam as investigações, cerca de cinco crianças, com idades de 4 a 9 anos, foram as vítimas do homem. No entanto, há a suspeita de que mais crianças tenham sido abusadas.
— O homem é pescador, mas auxiliava em serviços gerais nessas famílias. A esposa dele ajudava a cuidar das crianças. Algumas vítimas são da mesma família, houve até casos de irmãos [abusados]. Mas os relatos são de mais de duas famílias envolvidas como vítimas — destaca o investigador.
À época dos crimes, as vítimas passaram a se mostrar constrangidas na presença do suspeito, no entanto, os familiares não compreendiam o que estava acontecendo. Por ser tratado como familiar, os pais não suspeitaram dos estupros.
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Só anos mais tarde, já adultas, foi que as vítimas relataram os graves abusos a que eram submetidas, inclusive em situações de reunião em família. Segundo a polícia, que ouviu testemunhas, o investigado se aproveitava da distração dos adultos para cometer atos sexuais.
Com relação à esposa do homem, o delegado não confirmou se ela tinha participação nos crimes, apenas citou que ela tem problemas psicológicos.
Investigado tinha coleção de ursinhos de pelúcia
Na casa do investigado, os policiais encontraram diversos ursinhos de pelúcia. Questionado se havia crianças na casa, filhos ou parentes, ele negou. Em análise aos materiais apreendidos, no entanto, a polícia obteve imagens recentes de menores de idade com os brinquedos, que estavam expostos na sala da casa.

Diante do risco iminente de novos crimes, o homem foi preso preventivamente em Garuva, na volta do trabalho, e encaminhado ao Presídio Regional de Joinville.
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Agora, as investigações seguem para obter informações sobre possíveis vítimas recentes, que podem ainda não ter denunciado os crimes aos pais.
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