A Câmara de Vereadores de São José decidiu não levar ao plenário a segunda votação sobre o aumento de número de parlamentares no Legislativo municipal na noite desta segunda-feira, frustrando a maioria das pessoas que compareceram à sessão.

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O projeto, que já foi aprovado em primeiro turno no dia 24 de fevereiro, não constava na pauta do dia, mas ainda assim cerca de 80 pessoas foram à Casa, a maioria para protestar contra a proposta.

Por se tratar de uma emenda à Lei Orgânica do município é necessário que o projeto passe por votação em dois turnos. Regimentalmente deve haver um intervalo de 10 dias entre uma apreciação e outra, portanto o Legislativo já estaria autorizado a decidir sobre a matéria.

O coordenador do Observatório Social de São José e articulador do protesto na Câmara por meio das redes sociais, Jaime Klein, afirma que o projeto não foi devidamente discutido com a população. Ele questiona também o fato do Legislativo resolver não votar o projeto no momento em que a decisão já seria permitida.

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– Esperávamos que os vereadores fossem votar o projeto hoje, já que eles foram tão rápidos em realizar a primeira votação. Será que agora estão recuando? – provocou.

Mas nem todos os presentes estavam contra o projeto. Alguns candidatos a vereadores em 2012, que não foram eleitos, assistiram à sessão, torcendo pela aprovação. Um deles é o suplente André Francisco (DEM), que afirmou ser uma ideia benéfica ao município o aumento de representantes políticos na cidade. Se aprovada a medida não valeria para os suplentes de 2012, as novas vagas só seriam preenchidas na próxima eleição.

Um dos autores do projeto, vereador Wallace Tetê (PDT), diz que o aumento de vereadores geraria uma maior representatividade política no município, uma vez que alguns bairros poderiam contar com eleitos. Ele sustenta seu argumento dizendo que o aumento de vereadores está previsto na Constituição. A proposta é aumentar o número de parlamentares de 13 para 19.

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Já a vereadora Sandra Martin (PSDB), que foi contra a matéria na primeira votação, garante que o aumento de seis parlamentares geraria um custo de R$ 90 mil por mês à Câmara, além de não resolver os problemas estruturais do município.

O presidente da Câmara, vereador Sanderson de Jesus (PMDB) não quis falar com a reportagem, mas informou que não tem previsão de quando irá levar a proposta à apreciação final.