Depois de encostar em R$ 2,28, e fechar em R$ 2,2580 na tarde de ontem, o dólar começou a ser negociado em queda na manhã de hoje. Em seguida, no entanto, a moeda norte-americana voltou a subir, atingindo a máxima de R$ 2,2690. Diante da pressão sobre a moeda, há expectativa de um novo leilão do Banco Central.

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Nas últimas semanas, o dólar tem subido mesmo com atuação do governo. Em meio a rumores sobre a queda do ministro da Fazenda, Guido Mantega, e nova estratégia do Banco Central (BC) para conter o câmbio, o dólar seguiu firme sua rota de alta e avançou ontem 1,71% em comparação com o dia anterior.

O ritmo da alta foi amenizada devido de pesada atuação da autoridade monetária no câmbio que através de um leilão de swap cambial tradicional, equivalente à venda de dólares no mercado futuro, gastou cerca de US$ 3 bilhões.

Sem sucesso, a instituição voltou a atuar no mercado, mas por meio de uma ferramenta chamada de leilão de linha. Vende títulos ao valor de R$ 2,26 – o valor do momento no mercado- sob compromisso de recompra de parte em 3 de setembro a R$ 2,2905 e o restante em 1º de outubro por R$ 2,30.

Já utilizado no ano passado, é uma espécie de empréstimo de dólares remunerados com taxa prefixada próxima do nível do juro básico (Selic) projetado para o período.

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Ao longo do dia, o mercado conviveu com boatos sobre a saída de Mantega do Ministério da Fazenda por recomendação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele seria substituído pelo ex-presidente do BC Henrique Meirelles. O porta-voz do Palácio do Planalto, Thomas Traumann, qualificou, os rumores como “boato irresponsável”.