Os presos da Operação Game Over que estão na sede da Diretoria Estadual de Investigações Especiais (Deic), em Florianópolis, prestam depoimento nesta terça-feira.
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Na segunda-feira, 12 pessoas foram presas temporariamente na operação que investiga organizações criminosas que controlam jogos de azar em Jaraguá do Sul e Guaramirim, no Norte do Estado. Dos presos, nove estão na carceragem da Deic, duas no Presídio Feminino da Capital e uma está hospitalizada em Jaraguá do Sul.
Os suspeitos são ouvidos pelos integrantes do Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas do Ministério Público de Santa Catarina, que não quiseram dar detalhes sobre o caso. Sete presos preferiram não prestar esclarecimentos.
Entre os detidos na Deic está a delegada regional de Jaraguá do Sul, Jurema Wulf, que é mantida separada dos outros presos na operação.
Durante a ação foram apreendidos mais de 170 mil dólares em dinheiro, além de mais 70 mil reais. Os policiais também recolheram 40 mil blocos que seriam usados em jogos do bicho nas bancas do Ze-K, do Vini, Quatro Trevos e A Favorita.
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Os policiais apreenderam ainda computadores e máquinas para impressão dos blocos e computadores das salas da delegada e da escrivã aposentada que atuava na delegacia de Guaramirim, Dilva Dolzan. Ela também foi presa.
Os integrantes do Ministério Público ouvirão testemunhas ao longo da semana e analisarão os computadores e documentos apreendidos.
Só depois de concluir os interrogatórios e a análise do material é que será possível verificar a necessidade de requisitar ou não a prisão preventiva dos envolvidos. Por enquanto eles estão presos temporariamente, por cinco dias.
As investigações sobre a ligação da administração pública com a exploração de jogos de azar por meio de máquinas eletrônicas programadas, como vídeo-bingos e caça-níqueis, e do jogo-do-bicho, iniciaram em outubro de 2007.
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Polícia Civil abre sindicância
Segundo o delegado-chefe da Polícia Civil, Maurício Eskudlark, o corregedor-geral do órgão foi designado para acompanhar os depoimentos e a análise das informações colhidas. Uma sindicância administrativa também foi instaurada para investigar o caso.
– Nós vamos apurar os fatos e após a conclusão, comprovada a participação (da delegada), a pena pode ir da suspensão até a demissão.