Após uma semana marcada pela liberação de presos, a delegacia de Jaraguá do Sul libertou mais dois suspeitos e quatro presos iniciaram greve de fome.
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Na manhã deste domingo, as duas celas da unidade voltaram a atingir o limite da capacidade, com seis suspeitos – por furto, recepção, Maria da Penha, falta de pagamento de pensão e embriaguez ao volante. Eles não foram encaminhados ao presídio por causa da greve dos agentes penitenciários.
Neste domingo, um dos presos passou mal por falta de ar e foi encaminhado para o Hospital São José. Este teria sido o estopim para começarem a greve de fome. Estariam há quatro dias sem condições de tomar banho e escovar os dentes.
– A única coisa que podemos fazer é ir ao banheiro – diz um preso.
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A principal reclamação é em relação às celas que não têm sistema de circulação de ar. Os presos dormem direto no concreto e a capacidade das celas estava acima do permitido. Os presos só estavam recebendo alimentação dos familiares, mas agora prometem não comer mais.
A intenção é chamar atenção das autoridades e dos direitos humanos. Como a delegacia não tem estrutura para abrigar os detentos, eles pedem alvará de soltura e ameaçam que só irão parar a greve de fome quando as autoridades solucionarem o problema.
Na semana passada, seis presos por tentativa de assalto a um caixa eletrônico foram soltos porque a juíza Anna Suszek constatou que eles estavam em condições precárias nas celas.
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A reportagem do “AN” tentou contato pelo celular com o delegado de plantão, Daniel Dias, mas ele não atendeu nem retornou as chamadas.