Os quatro suspeitos presos nesta terça-feira (11) em Itapema e Balneário Camboriú, durante operação da Polícia Civil do Distrito Federal, integravam um grupo que produzia drogas sintéticas e abastecia traficantes de Brasília com cerca de 30 mil comprimidos de ecstasy por mês.

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A informação foi repassada pelo delegado Ulysses Fernandes Luz, coordenador especial de repressão à corrupção e ao crime organizado da Polícia Civil do DF, que esteve em Santa Catarina nesta terça para o cumprimento dos quatro mandados de prisão, além de oito de busca e apreensão.

Os mandados foram cumpridos nas cidades de Itapema, Balneário Camboriú, Antônio Carlos e São João Batista. Três pessoas foram presas em Itapema e uma em Balneário Camboriú. Além de SC, a operação também teve alvos no DF e em Goiás. No total, foram 12 mandados de prisão e 17 de busca e apreensão.

— As pessoas que foram presas hoje gravitavam em torno do chefe do grupo, que já havia sido preso em janeiro, e davam suporte a ele, tanto na produção quanto na ocultação de capitais e de drogas — declarou o delegado Ulysses.

Ainda segundo o delegado da Polícia Civil do DF, o líder do grupo, morador de Itapema, foi preso pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) durante uma operação de rotina em Lageado, no Rio Grande do Sul, no último dia 27 de janeiro. Ele transportava aproximadamente 210 kg de cocaína, e continua preso no estado gaúcho. A mulher dele foi uma das pessoas presas em Itapema na operação desta terça-feira.

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— O grupo transportava as drogas para o Distrito Federal em fundos falsos de caminhões, em ônibus. Além disso, também distribuía drogas sintéticas e outras drogas, como cocaína e maconha, em Santa Catarina, no Rio Grande do Sul e em Goiás — acrescentou Ulysses.

As quatro pessoas pressas em Santa Catarina nesta terça serão levadas para Brasília. A princípio, vão ficar na carceragem da Polícia Civil do DF, e depois devem ser levadas para o Complexo Penitenciário da Papuda.

Sobre a operação

A operação contra a rede interestadual de tráfico de drogas como ecstasy e LSD é fruto de uma investigação que começou em 2019, quando a Polícia Civil do DF desarticulou um grupo de traficantes em Brasília. A polícia descobriu que os fornecedores desse grupo eram de Santa Catarina, mais especificamente de Itapema.

Segundo a Polícia Civil do DF, a operação identificou também imóveis em cidades do litoral de Santa Catarina que foram adquiridos com dinheiro do tráfico, e alguns deles são avaliados em mais de R$ 1 milhão. A Justiça determinou o bloqueio de três imóveis em Itapema, duas casas e um prédio, além de contas bancárias dos envolvidos e de pessoas próximas a eles.

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Durante a operação em SC a polícia também apreendeu uma escopeta calibre 12, uma pistola 380, munições e R$ 18 mil em espécie. As armas foram apreendidas em Itapema.