O parlatório da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic), em Florianópolis, é um dos espaços improvisados em que foram colocados os presos da Operação Regalia deflagrada na manhã desta terça-feira em Blumenau.

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Já estão na unidade a maioria dos detidos, entre eles o atual diretor do Presídio de Blumenau, Elenilton Fernandes.

O grupo chegou trazido por policiais da Deic e integrantes do Grupo de Atuação de Atuação e Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Em seguida, passou a ser grande a movimentação de advogados dos presos avisados por familiares que conversam rapidamente com eles.

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– Ainda não tivemos acesso aos autos. Alguns agentes nem sabem o motivo das prisões, apenas que são temporárias por 30 dias – afirmou o advogado Julio Philippi, defensor do agente penitenciário e ex-diretor do Presídio de Blumenau, Charles Heinz.

Ainda não há informações oficiais sobre a ação. Haverá uma entrevista coletiva às 15h30min da direção da Deic em conjunto com o Gaeco, Secretaria da Justiça e Cidadania e Departamento de Administração Prisional (Deap).

O DC apurou que o esquema de corrupção estourado na prisão de Blumenau envolvia principalmente servidores da área administrativa.

Celular a R$ 250 e senha do wifi

Eles receberiam propina de presos – há casos de pagamentos em dinheiro no valor de até R$ 3 mil – em troca de benefícios dentro da cadeia como obter saídas irregulares do regime fechado para o regime semiaberto – e até saídas fora da cadeia.

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Um celular para o detento na cadeia custaria R$ 250 ao agente. A quantidade de benefícios era tanta que os detentos tinham até senha do wifi da unidade prisional para acessar a internet pelo celular, conforme revelou uma fonte ao DC que participou da investigação.

– Todo mundo sabia do corre que era feito, faltava colocar no papel, até que alguns presos deram depoimento, o que facilitou a apuração – disse a fonte ouvida pela reportagem.