Detentos aproveitaram a queima de fogos do Ano Novo para terminar de cavar dois túneis na Central de Triagem do Estreito, o Cadeião, localizado em bairro residencial de Florianópolis.
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Faltavam 10 centímetros para que pelo menos 42 presos ganhassem a liberdade, à 0h10min deste 1º de janeiro de 2014.
Caso a fuga tivesse dado certo e os únicos quatro agentes penitenciários de plantão na passagem do ano fossem rendidos por alguns dos 150 detentos, a cadeia inteira estaria nas ruas.
Os dois túneis, na verdade dois buracos, de aproximadamente um metro cada, foram abertos no teto de concreto das celas 5 e 6, localizadas no meio do prédio, de acordo com o diretor da unidade, Sílvio Provin.
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A fuga foi evitada porque os agentes penitenciários de plantão notaram que os presos da 5 e 6 estavam agitados. Os agentes entraram nas duas celas simultaneamente e perceberam os buracos.
Os 42 presos foram retirados e transferidos para a cela de convívio, nos fundos do Cadeião. O convívio abrigava 70 homens nesta quarta-feira, dia 31, sem contar os 42 novos ocupantes do espaço.
Perguntado porque os presos não escolheram cavar túnel na cela do convívio, que usualmente é de onde tentam fugir, o diretor Provin falou que foi uma estratégia.
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– Eles (presos) tentaram despistar os agentes cavando na 5 e na 6. Nossa preocupação era o convívio, que registrou tentativas de fuga durante todo 2013 – falou o diretor.
Provin está fazendo um levantamento dos 42 detentos para tentar chegar no autor do plano de fuga. O diretor informou que os buracos já foram cobertos.