Nome falso, família nova, emprego em uma empresa. A cidade escolhida para morar: Pouso Redondo, de 14.810 habitantes, no Alto Vale do Itajaí.
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A farsa durou pouco mais de cinco meses. A polícia descobriu que o suposto trabalhador era Weider Monteiro, o “Nego da Barra”, um dos principais criminosos foragidos do Estado de Alagoas.
Assassinatos, assaltos, ataques a bases da Polícia Militar e delegacias, além de tráfico de drogas e porte ilegal de armas. Essa é a ficha de antecedentes na cidade de Maceió, em Alagoas, do preso que estava refugiado no interior de Santa Catarina.
Weider foi capturado na tarde de quarta-feira por um grupo de policiais civis catarinenses da Diretoria de Informação e Inteligência da Secretaria de Segurança Pública, Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic) e da delegacia de Rio do Sul.
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Uma equipe da Polícia Civil de Alagoas esteve em Santa Catarina para auxiliar na captura.
– Ele vinha levando uma vida normal aqui. Escolheu o interior justamente para não despertar suspeita – disse o diretor de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública, delegado Mauro Cândido Rodrigues.
Weider foi levado para Alagoas. Naquele estado é acusado de matar Damaris Josielle Santos, 19 anos, em março de 2012.
Damaris foi encontrada por caçadores em uma cova rasa, numa localidade conhecida como Matinha, em Marechal (AL).
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O corpo da jovem apresentava perfurações de bala na nuca e no abdômen e estava molhado com gasolina, o que leva a polícia a crer que os criminosos pretendiam atear fogo na vítima.
Segundo a delegada Ana Luiza Nogueira, diretora da Deic (Divisão Especial de Investigação e Capturas de Alagoas), Weider é um dos foragidos mais procurados do estado e considerado de alta periculosidade.
A polícia catarinense investiga se cometeu algum crime no Estado, mas até agora não há informações.