A Justiça catarinense decretou a prisão preventiva de um homem de 30 anos suspeito de extorsão e divulgação pela internet de imagens íntimas de um adolescente de 17 anos, morador do litoral do Estado. Ele foi preso há oito dias pela Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic) e já está no sistema prisional.

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A polícia foi acionada pelos pais do adolescente, que desconfiaram de algo errado ao verem fotos íntimas postadas pelo garoto em um perfil na internet. O caso chegou aos policiais da Divisão de Defraudações, que logo identificaram o suspeito através de um número de telefone celular em que ele também enviava mensagens ao adolescente.

Segundo o delegado Walter Watanabe, o homem se passava por uma mulher na internet em conversas virtuais, gravou cenas íntimas do adolescente e chegou a divulgá-las na rede.

– Ficou apurado na investigação a extorsão, pois ele exigia crédito no celular e dinheiro para não divulgar as imagens – disse o delegado.

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Conforme divulgou a polícia, Max Silva da Rosa, 30 anos, foi preso no dia 10 deste mês na cidade gaúcha de Barra do Quaraí, no Rio Grande do Sul, onde mora, a 1,1 mil quilômetros de Florianópolis. A polícia apreendeu computador e dois pen-drives dele.

O material foi encaminhado para o Instituto Geral de Perícias (IGP), em Florianópolis. Com o resultado da perícia, a Deic espera apurar se há ou não outras vítimas. Em depoimento à polícia, o preso negou ter publicado vídeos do adolescente e também a suposta extorsão. O DC não teve acesso ao preso e a polícia não informou o nome do advogado dele.

Alerta policial

O delegado da Deic afirma que são comuns casos de homens que se passam por mulheres na internet em busca de contato com adolescentes ou crianças. A orientação aos pais, completou, é fiscalizar o aparelho celular ou computador ou também perceber se há mudança no comportamento.

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– Geralmente esse tipo de pessoa age em conversas à noite e de madrugada e quando o adolescente passa a ser extorquido com a ameaça da imagem ser divulgada ele fica transtornado – ressaltou o policial, orientando a comunicação do caso à polícia diante de qualquer suspeita.

O preso foi indiciado por extorsão e dois artigos do Estatuto da Criança e Adolescente relacionados ao material pornográfico envolvendo adolescente.