O prefeito eleito de Bela Vista do Toldo, Adelmo Alberti (União Brasil), entregou nesta segunda-feira (30) o pedido de renúncia ao cargo de chefe do Executivo. Ele já não ocupava a cadeira desde julho de 2021, quando foi preso durante a operação Et Pater Filium, que investiga uma série de denúncias de corrupção em cidades do Planalto Norte catarinense.

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O pedido de renúncia, que foi entregue ao presidente da Câmara de Vereadores de Bela Vista do Toldo, oficializa a saída de Alberti do cargo e mantém, agora de forma definitiva, o então vice, Alfredo Dreher (Podemos), como prefeito até as próximas eleições municipais.

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Desde a prisão no ano passado, Alberti está detido no Presídio de Caçador. Ele chegou a tentar um habeas corpus meses após a prisão, mas o pedido foi negado pela Justiça. Agora, a defesa espera por uma progressão para semi-aberto no início de 2023, segundo o advogado Paulo Glinski.

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Dinheiro na cueca e carro roubado

Alberti foi preso em julho após ser acusado de receptação de um veículo roubado e de participar de suposto esquema de corrupção na prefeitura. Um mês depois, a esposa do prefeito também foi presa.

O processo tramita em segredo de Justiça, mas trechos da denúncia do MP mostram que o prefeito teria supostamente usado empresas em nomes de laranjas em contratos públicos. Em uma negociação gravada, o Ministério Público aponta que Alberti teria recebido dinheiro de propina e guardado o envelope na cueca.

Em março de 2022, Alberti colaborou com Justiça com informações que acabaram com a prisão do prefeito e do vice de Canoinhas, Beto Passos (PSD) e Renato Pike (PL). A colaboração de Alberti é citada no despacho que pediu a prisão dos outros políticos em uma nova fase da operação Et Pater Filium.

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