A demora da presença do advogado de defesa na Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, retardou o começo dos depoimentos por videoconferência no Fórum de São José, na Grande Florianópolis, na manhã desta quarta-feira.

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O primeiro interrogatório começou às 10h20min, de Evandro Sérgio Silva, o Nego Evandro. Pelo monitor, o juiz Otávio Minatto questionou a acusação de que seria um dos mandantes do assassinato da agente penitenciária Deise Alves, em outubro de 2012.

Evandro, que é tido como líder do Primeiro Grupo Catarinense (PGC), negou participação na morte. Em seguida, afirmou que ele e outros colegas de cela foram vítimas de tortura na Penitenciária de São Pedro de Alcântara, que era comandada na época pelo então diretor Carlos Alves, marido de Deise.

Evandro relatou que as supostas agressões teriam sido comandadas por Carlos, inclusive com bombas jogadas dentro da cela. Após a morte de Deise, Evandro relatou na audiência que as torturas continuaram e a existência de filmagem de uma delas em que mostrou a ação de agentes.

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– O Carlos entrou perguntando quem era o matador de mulher – disse Evandro no depoimento.

Também serão ouvidos pelo sistema online de Mossoró os presos Rudinei do Prado, o Derru, Adílio Ferreira, o Cartucho e Gian Carlos Kazmirsk, o Jango, que também são acusados de serem mandantes do assassinato.