Onze anos depois, Antonio Ademar dos Santos, o Tonho, 40 anos, figura novamente no rol de arrombadores de caixas eletrônicos de Joinville, os chamados caixeiros, que saem do Estado para praticar crimes e acabam presos pela polícia.

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Ele é um dos detidos na operação desta quinta-feira, pelas Polícia Civil catarinense e gaúcha. Velho conhecido da polícia do Norte do Estado, Tonho foi preso em Joinville de manhã. Contra ele há mandado de prisão da Justiça gaúcha por dois ataques a bancos este ano na cidade de Campo Bom, região Metropolitana de Porto Alegre.

Na década de 1990 e até o ano de 2002, Tonho fez parte da quadrilha pioneira de caixeiros de Joinville especializada em arrombar caixas eletrônicos com maçaricos.

Os bandos agiam em Santa Catarina e faziam revezamento nas viagens pelo Brasil (São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Bahia e Ceará) onde atacavam bancos sem o uso de armas.

Depois, retornavam a Joinville para gastar dinheiro em carrões importados, festas e mulheres. Em dezembro de 2002, 40 arrombadores, entre eles Tonho, foram alvos de uma operação da Divisão de Investigação Criminal (DIC) local, quando foram presos e denunciados pelos crimes.

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Além de Tonho, também foi preso nesta quinta-feira em Joinville Emerson dos Passos, 38 anos, acusado de arrombar bancos em Campo Bom.

Os dois estão na carceragem da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic), em Florianópolis, e serão transferidos nos próximos dias para o Rio Grande do Sul. O DC não teve acesso a eles, que não foram apresentados.

– Ele (Tonho) faz parte da turma de caixeiros pioneiros de Joinville, que saiu para atuar em outros Estados – disse o delegado Anselmo Cruz, da Deic.

Quadrilha de explosivos

A Deic busca novas quadrilhas que atuam com explosivos que vêm agindo em Santa Catarina. Recentemente, houve dois ataques com dinamite usada para abrir os equipamentos, em Major Gercino e Porto Belo.

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O diretor da Deic, delegado Akira Sato, garantiu que os bandos estão sendo mapeados e identificados para futuras prisões.