O reforço na segurança é uma das expectativas no sistema prisional de Santa Catarina a partir da formatura de 242 agentes penitenciários, na próxima quinta-feira, às 10h, no Teatro Pedro Ivo Campos, em Florianópolis.

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Os novos servidores foram aprovados em concurso público em 2013 e fizeram três meses de academia. O maior número de agentes trabalhará na Grande Florianópolis, onde há constantes queixas de poucos funcionários para um grande número de presos, principalmente no complexo da Agronômica.

A região receberá 92 agentes e a maior parte deles atuará na Penitenciária de São Pedro de Alcântara, onde ficam os detentos considerados de maior periculosidade e com as condenações mais altas do Estado. O grupo se apresentará nos presídios na próxima segunda-feira.

– Essa nova turma vai melhorar bastante a segurança das unidades prisionais e também trabalhar o aspecto da ressocialização da pena – afirma o secretário da Justiça e Cidadania, Sady Beck Júnior, lembrando que os aprovados passaram por investigação social, exame toxicológico e têm curso superior.

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Também serão formados nesta quinta-feira 20 novos agentes socioeducativos, que vão ser distribuídos em Florianópolis, São José, Lages e Chapecó.

Ao todo, há 48 unidades prisionais no Estado, 2,1 mil agentes e 18 mil presos. O déficit de vagas para detentos é de cerca de 5 mil.

Além da superlotação, o desafio do Estado tem sido conter a ação de facções criminosas que agem de dentro das cadeias. A principal delas é o Primeiro Grupo Catarinense (PGC), que no dia 4 deste mês teve 21 líderes transferidos para o presídio federal de Porto Velho, em Rondônia, em razão de envolvimento com a quarta onda de atentados a ônibus e a policiais.

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