O Presídio Feminino de Joinville foi aberto nesta segunda-feira (14), após cinco anos e oito meses de atraso nas obras. A unidade tem capacidade para 298 detentas e foi construída no complexo prisional da cidade, ao lado do Presídio Regional e da Penitenciária Industrial.
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A operação da cadeia feminina começou na última sexta-feira (11) e foi concluída três dias depois, com a transferência de 73 internas que estavam no Presídio Feminino de Itajaí. O anúncio da abertura da unidade foi feito pela Secretaria de Administração Prisional e Socioeducativa nesta segunda-feira.
– A unidade está sendo ocupada pelas internas que estavam alocadas em Itajaí, mas que respondem processo ou tem familiares na região Norte – afirmou o diretor-geral do Departamento de Polícia Penal de SC, Vladecir dos Santos.
Mais de 100 policiais penais participaram da ação de transferência das detentas e ativação da nova unidade. Segundo a coordenadoria de operações, tudo ocorreu sem nenhum incidente.
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A operação contou com policiais penais de plantão, agentes do Grupo Tático de Intervenção, Serviço de Operações e Escoltas e Divisão de Operações com Cães.

Previsão inicial era entregar obras em 2016
A história da construção do presídio feminino começou em setembro de 2014, com o lançamento da licitação. A demora já teve início na entrega da ordem de serviço, que aconteceu apenas em julho de 2015. Na época, a previsão era de conclusão em até um ano.
Entre as causas para as prorrogações do contrato estiveram liberações ambientais e a necessidade de adequação do projeto inicial ao espaço previsto para a obra. Também houve atraso na instalação da rede elétrica.
O valor previsto originalmente era de R$ 14,1 milhões. Desde então, foram adicionados R$ 3 milhões em aditamentos e mais R$ 2,4 milhões em reajustes. Com isso, o valor total do contrato subiu para R$ 19,5 milhões.
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Unidade deve atender a região Norte
A cadeia tem 6,3 mil metros quadrados de construção distribuídos em um terreno de 17 mil, equivalente a 2,5 campos de futebol. Além das internas do município, ainda há previsão de que sejam atendidas mulheres de Canoinhas, Mafra, Jaraguá do Sul e São Francisco do Sul.
O novo espaço foi totalmente planejado para atender as necessidades das mulheres. Antes, as cadeias femininas eram locais construídos para homens e que foram disponibilizados para as mulheres. A estrutura joinvilense deverá proporcionar às mulheres uma estrutura adequada de atendimento, pensando na ressocialização e reinserção na sociedade.
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