O PT foi o partido, entre os maiores do Estado, que teve a maior redução no número de prefeitos eleitos em relação a 2012. Naquele ano, a sigla fez 45 prefeitos e, agora, apenas 20. O presidente estadual do PT, Cláudio Vignatti, admite que as perdas eram esperadas diante do cenário nacional. O impeachment da presidente Dilma Rousseff e o crescimento da rejeição à esquerda refletiram também no panorama catarinense.

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— Era um processo natural perdermos prefeituras, principalmente na região Sul. Claro que queríamos eleger mais prefeitos, mas cumprimos o objetivo, apresentamos as propostas. O PT vai ter que fazer todo um debate de rediscussão do partido, não há dúvida — avalia Vignatti, que pondera também que 28 dos 46 prefeitos em 2012 estavam no segundo mandato e não podiam tentar a reeleição, tendo costuras já previamente definidas para lançar sucessores de outros partidos.

No caminho inverso, o PSD subiu de 49 para 61 prefeitos eleitos. O presidente catarinense da sigla, deputado estadual Gelson Merisio, analisa que mais do que a quantidade, ocorreram vitórias estratégicas que ajudam a consolidar o partido como força inclusive para concorrer ao governo do Estado em 2018.

— A grande vitória é por termos crescido na importância das cidades em que elegemos prefeitos. E pra nós ainda não terminou, porque temos cabeça de chap a no segundo turno em Blumenau e Joinville e vice na Capital. Isso deixa claro um caminho para a candidatura do partido no sentido oposto ao PMDB em 2018. De forma natural, não como confronto buscado — afirma.

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O PP manteve o mesmo tamanho de 212 para cá: 46 prefeituras conquistadas. Para o presidente estadual, deputado federal Esperidião Amin (PP), o desempenho é satisfatório principalmente diante de um quadro de diluição de partidos com o crescimento de siglas menores:

— É preciso considerar também que não integramos o governo do Estado desde 2002, não temos a máquina governamental. Então o resultado é um grande feito, que se deve a nossas lideranças e à confiança do eleitor. Atribuo o desempenho também à perspectiva política que temos em SC, que é o eleitor médio acreditando que vamos estar disputando o governo catarinense em 2018.