Avaí e Figueirense jogando no mesmo estádio em qualquer jogo que não seja um clássico? A ideia improvável para os torcedores ganhou força na noite desta quarta-feira, entre os presidentes dos dois clubes, durante o lançamento da campanha “Todos na Série A”, da CBN Diário, na sede do Grupo RBS em Santa Catarina. Wilfredo Brillinger, do Figueira, e João Nilson Zunino, do Avaí, deram combustível ao assunto e estimularam a ideia.

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Ainda não há lugar para o estádio, mas os presidentes citam a redução de custos como um dos benefícios, especialmente para jogos de menor porte, como partidas intermediárias do campeonato Catarinense. Como dificilmente Avaí e Figueirense jogam em casa no mesmo horário e no mesmo dia, a mesma estrutura comportaria o Azurra e o Alvinegro.

Modelo alemão em terra mané

Em clara demonstração de conversa prévia, moldes como o da Allianz Arena, na Alemanha, que muda de cor do lado externo conforme o duelo. Atende Bayern (vermelho) e o Munique 1860 (azul), além do branco da seleção alemã. Inaugurado em 2005, o estádio sediou o jogo de abertura da Copa do Mundo de 2006.

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– Já tive um contato preliminar com a prefeitura e houve uma boa aceitação. O projeto seria entre clubes, prefeitura e governo do Estado – falou Wilfredo.

Para Zunino, é preciso pensar um modelo empresarial diferente do implantado no Maracanã.

– Os clubes também precisam investir e ter retorno além da renda. O fato é que um bom estádio atenderia Avaí e Figueirense com qualidade – acredita o manda-chuva avaiano.

Para Wilfredo, em algum tempo, o Scarpelli e a Ressacada, que seriam usados para jogos com menos peso, deixariam de existir como praças de jogos, naturalmente.

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Local longe de ser escolhido

Mas onde esse estádio seria construído? Nenhum dos dois dirigentes têm a resposta. Os presidentes falam em rejeição acima de 60% por parte de suas torcidas. O que é bastante compreensível. Nem alvinegros nem azurras consideram cruzar a ponte para ver seu time do coração em campo.

– Talvez uma construção em aterro. Mas o fato é que não dá pra fazer em cima da ponte. Vamos avaliar com calma e evoluir a ideia – brincou Wilfredo.

De qualquer forma, é uma evolução no bom relacionamento entre os comandos da dupla da Capital. Há pouco mais de um ano, Zunino e Brillinger trocam gentilezas sobre a construção de duas arenas.

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– Estava muito claro pra gente que, quem começasse a obra primeiro, esperaria o outro terminar. E um jogaria no campo do outro. Ponderamos depredação de torcida nas cadeiras e banheiros, insatisfação, mas entendemos que, como futebol sustentável, esta é a ideia mais sensata. Se o estádio for bom, a torcida vai – disse Zunino.