Os presidentes de Avaí e Figueirense – Nilton Macedo Machado e Wilfredo Brillinger, respectivamente – conversaram na tarde desta quarta-feira com a delegada Michele Alves Correa sobre a investigação de incitação à violência e ameaças que aconteceram depois do último clássico entre o jogador alvinegro França e integrantes da torcida organizada do Leão, Macha Azul.

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Os dois cartolas fizeram seus depoimentos juntos e a conversa com a delegada demorou aproximadamente uma hora. Nela, os mandatários deixaram claro seu apoio a qualquer campanha de paz e se mostraram favoráveis a investigação.

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– Não vou culpar A, B ou C. Têm atletas nossos e do Avaí que provocam. A partir dessa ação vamos procurar eliminar uma vez por todas essas provocações. As provocações sadias têm que continuar, mas as ações que aconteceram até agora extrapolaram os limites esportivos. Nós viemos conversando, a nossa grande preocupação sempre foram as torcidas e nos últimos dois clássicos não teve problemas com elas. Foram problemas com atletas e comissões – analisou o presidente alvinegro, Wilfredo Brillinger.

Mais uma vez, o presidente do Avaí falou da possibilidade de fazer uma torcida mista. Desta vez, os clubes estão analisando a experiência que houve nos últimos jogos entre Grêmio e Internacional.

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– Estamos pensando e queremos viabilizar um espaço para torcida mista. Nosso sócio criticou, mas temos que fazer para provar que não só temos quatro clubes na Série A e somos organizados como também somos educados – defendeu Nilton Macedo Machado.

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Se depender do Figueirense, França joga o clássico

A delegada Michele Alves Correa sugeriu que o volante França não jogasse o próximo clássico. Lesionado, o atleta pode nem ter condições de jogo. Wilfredo Brillinger defende a participação de França se ele tiver condições físicas.

– Primeiro ele tem que se recuperar. Quem decide se ele joga é a comissão técnica. Se ele estiver bem fisicamente e o técnico entender que tem que ir para o jogo, ele vai. Se eu não colocar o França quer dizer que o Avaí não vai colocar o Marquinhos? Não é por aí – explicou.

O presidente alvinegro também condenou a atitude de França, mas lembrou que nos últimos clássicos tiveram atitudes de jogadores do Avaí que não ajudam no diálogo pela paz:

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– Evidentemente nós condenamos essa atitude do França, eu condenei tomando medidas de punição. O problema dele é fora de campo, enquanto o do Avaí foi dentro de campo, dos jogadores como o Marquinhos, que há muito tempo não consegue se controlar e toma atitudes que não são dignas até com a carreira dele. No último jogo na Ressacada ele agrediu um atleta nosso com uma joelhada. Esse é um problema que incita os outros atletas e torcedores. No jogo de volta, não tinha acontecido nada e o Eduardo Costa deu um soco na cara do Argel. Isso precisa acabar – finalizou Brillinger