O presidente palestino Mahmud Abbas afirmou nesta sexta-feira que levará ante o Tribunal Penal Internacional (CPI) a morte do bebê palestino queimado vivo em um incêndio provocado por colonos israelenses.

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“Preparamos imediatamente o dossiê que será submetido ao TPI e nada nos deterá em nossa vontade de apresentar uma denúncia”, afirmou Abbas, denunciando os “crimes de guerra e contra a Humanidade cometidos todos os dias pelos israelenses contra o povo palestino”.

O bebê palestino morreu queimado e seus pais ficaram feridos em estado grave em um ataque realizado por colonos israelenses que atearam fogo a sua casa na Cisjordânia ocupada, um ato classificado de terrorismo por Israel.

Esta classificação bastante incomum nestes casos e as condenações unânimes dos líderes israelenses, incluindo o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, não convenceram os palestinos.

As autoridades preveem manifestações depois da oração desta sexta-feira nos territórios ocupados e o movimento islamita Hamas, no poder na Faixa de Gaza, fez nesta sexta-feira uma convocação a um “dia da ira” contra as agressões israelenses.

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Há anos, ativistas de extrema-direita israelenses ou colonos cometem agressões ou atos de vandalismo em Israel e nos territórios palestinos em nome do preço a pagar. Seus alvos são os palestinos, os árabes israelenses, os locais de culto muçulmanos e cristãos, e inclusive os soldados israelenses.

Na maioria, suas atrocidades ficaram impunes.

* AFP