O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, confirmou a participação do presidente do Irã, Mahmoud Armadinejad na Rio+20 ao participar de um evento neste sábado na capital fluminense. Indagado sobre o uso da conferência como possível palco para defender o direito de o Irã usar energia nuclear para fins não pacíficos, o chanceler brasileiro disse que no próximo dia 5 – Dia Mundial do Meio Ambiente – haverá uma cerimônia em Brasília, que transfere o Riocentro para as Nações Unidas. Continua depois da publicidade – Isso significa que a Rio+20 será uma conferência das Nações Unidas no Brasil. Assim como o presidente do Irã e outros chefes de Estado e de Governo participam anualmente da Assembleia Geral da ONU, em Nova York, o presidente Armadinejad estará participando no Rio de Janeiro, de uma conferência sobre desenvolvimento sustentável. Ele terá direito à palavra como qualquer outro chefe de delegação – declarou Patriota. Sobre as ausências do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama e da chanceler Alemã, Angela Merkel, à Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, o ministro diz que isso não significará que os dois países não estarão presentes no encontro. – Eles estarão participando, ativamente, pelo menos é o que nós esperamos. Nós não distinguiremos durante a Rio+20, entre delegações chefiadas por chefes de Estado e de Governo e delegação de outro nível, quando se trata de buscar em consideração as perspectivas no produto final – ressaltou. Continua depois da publicidade Segundo Patriota, esse é um processo multilateral que envolve os quase 200 países membros da Organização das Nações Unidas (ONU), inclusive o Brasil. De acordo com o ministro, diferentes vozes devem ser ouvidas e o país anfitrião procurará liderar um processo que leve a um consenso com objetivos mais ambiciosos possíveis. A respeito da questão dos conflitos na Síria, o ministro disse que o Brasil é contrário às sanções aplicadas ao país sem que haja a aprovação do Conselho de Segurança da ONU. – O Brasil, por definição, sempre incorpora o seu ordenamento jurídico às sanções aprovadas pelo Conselho de Segurança da ONU – disse. Continua depois da publicidade
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