No início da noite desta sexta-feira (20), o presidente do Grupo Carrefour, Alexandre Bompard, se manifestou em sua conta no Twitter sobre o assassinato de João Alberto Silveira Freitas, conhecido como Beto Freitas, em uma loja da varejista em Porto Alegre (RS). O francês pediu a revisão do treinamento de funcionários e de terceiros, “no que diz respeito à segurança, respeito à diversidade e dos valores de respeito e repúdio à intolerância”.
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Peço, neste sentido, que seja realizada uma revisão completa das ações de treinamento dos colaboradores e de terceiros, no que diz respeito à segurança, respeito à diversidade e dos valores de respeito e repúdio à intolerância.
— Alexandre Bompard (@bompard) November 20, 2020
O caso
Freitas foi espancado até a morte por dois seguranças de uma loja do supermercado no bairro Passo d’Areia, na zona norte de Porto Alegre. Vídeos que mostram o espancamento em frente à loja e a tentativa de socorristas de salvar o homem circulam nas redes sociais desde a noite de quinta (19) e provocaram mobilização contra o racismo, levando a protestos em lojas do Carrefour nesta sexta (20), Dia da Consciência Negra.
O Grupo Carrefour Brasil anunciou que romperá o contrato com a empresa responsável pelos seguranças, além de demitir o funcionário responsável pela loja na hora do ocorrido. Bompard disse que estas medidas são insuficientes. “Meus valores e os valores do Carrefour não compactuam com racismo e violência”, tuitou. Na rede social, o executivo chamou as imagens do assassinato de “insuportáveis.”
“Eu pedi para as equipes do Grupo Carrefour Brasil total colaboração com a Justiça e autoridades para que esse os fatos deste ato horrível sejam trazidos à luz.” O presidente também disse que espera que o Carrefour Brasil se comprometa à revisão completa das ações de treinamento dos colaboradores e de terceiros, que terá um plano de ação definido com o suporte de empresas externas para garantir a independência deste trabalho.
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