O presidente filipino, Rodrigo Duterte, pediu nesta terça-feira (25) aos Estados Unidos que restituam três sinos que as tropas americanas levaram como troféu após uma sangrenta campanha militar em 1901.

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Os sinos eram da igreja católica de Balangiga, no leste da ilha de Samar, e as tropas americanas os levaram em 28 de setembro de 1901 durante uma expedição punitiva do Exército americano contra os rebeldes filipinos que haviam matado 34 soldados na cidade um mês antes.

Balangiga foi completamente destruída e a população massacrada nesta operação realizada quando as Filipinas eram colônia dos Estados Unidos.

Dois sinos estão em Wyoming, memorial aos soldados americanos caídos em combate, enquanto o terceiro está em uma base militar americana na Coreia do Sul.

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“Devolvam os sinos de Balangiga. Não são de vocês. São nossos. Pertencem aos filipinos. Fazem parte do nosso patrimônio nacional”, declarou Duterte em um discurso público.

“Os sinos são uma recordação do heroísmo de nossos antepassados que resistiram aos colonos americanos e sacrificaram suas vidas”, acrescentou.

Interrogada, a porta-voz da embaixada dos Estados Unidos nas Filipinas, Molly Koscina, respondeu com prudência. “Temos consciência que os sinos de Balangiga têm um significado profundo para muitos, tanto nos Estados Unidos como nas Filipinas”, explicou em um e-mail à AFP. “Continuamos trabalhando com nossos parceiros filipinos para encontrar uma solução”.

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Em 1998 o então presidente filipino, Fidel Ramos, tentou, sem sucesso, recuperar os sino em uma visita a Washington.

Desde o século XVI as Filipinas eram colônia espanhola. A Espanha as cedeu aos Estados Unidos em 1898 após a guerra hispano-americana. O país atingiu a independência em 1946.

* AFP