O chefe de Estado egípcio, Mohamed Mursi, nomeou neste domingo um vice-presidente, o juiz Mahmud Mekki, e colocou na reserva o marechal Hussein Tantawi, seu ministro da Defesa que chegou a assumir o poder no país após a revolta que derrubou Hosni Mubarak.

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A imprensa oficial indicou que Tantawi e o chefe de Estado Maior do Exército, Sami Anan, foram colocados na reserva e nomeados conselheiros do presidente Mursi. Mekki é apenas o segundo vice-presidente egípcio em 30 anos.

O ex-presidente Hosni Mubarak nunca havia nomeado um vice-presidente até a revolta popular que o derrubou em fevereiro de 2011, durante a qual ele nomeou o chefe dos serviços de inteligência Omar Suleiman para o posto. O novo ministro da Defesa é Abdel Fattah al-Sissi, chefe dos serviços de inteligência militares.

Militares perdem poder

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Mursi decidiu também anular uma “declaração constitucional” adotada pelo Exército em junho que dava amplos poderes aos militares, anunciou o porta-voz Yaser Ali.

– O presidente decidiu anular a declaração constitucional adotada em 17 de junho pelo Conselho Supremo das Forças Armadas (CSFA), que dirigia então o país e no qual se apropriava do poder legislativo – afirmou Ali em um discurso exibido pela televisão pública.