O presidente egípcio Abdel Fatah al Sissi afirmou, a poucos meses da eleição presidencial de 2018, que não pretende disputar um terceiro mandato em 2022, em uma entrevista ao canal CNBC.
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O chefe de Estado, ex-comandante das Forças Armadas e que derrubou o seu antecessor em 2013, Mohamed Morsi, membro da Irmandade Muçulmana, iniciou uma repressão implacável aos integrantes desta organização.
Em 2014 foi eleito presidente com 96,9% dos votos em uma disputa sem um rival competitivo.
Sissi, eleito para um mandato de quatro anos, deve disputar uma novo mandato em 2018.
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“Planejamos (organizar a eleição) em março ou abril”, afirmou Sissi na entrevista.
Segundo a Constituição, um presidente pode aspirar dois mandatos de quatro anos.
“Sou favorável a conservar dois mandatos de quatro anos”, afirmou Sissi ao canal americano, garantindo que não pretende modificar a Constituição.
Desde que chegou ao poder, Sissi eliminou toda oposição, islamita, laica ou liberal. Governa o país com mão de ferro e criticado pelas organizações de defesa dos direitos humanos.
No momento, o advogado e ativista dos direitos humanos Khaled Ali é o único candidato declarado para disputar a presidência contra Sissi em 2018.
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Khaled Ali, militante de esquerda de 45 anos, é uma figura popular da revolução de 2011 que provocou a queda do presidente Hosni Mubarak, que governou o país por quase 30 anos.
emp/nbz/pa.zm/fp
* AFP