O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, criticou nesta quarta-feira as invasões e a violência praticadas por grupos de sem-terra e afirmou que quem desrespeita a lei não deveria receber dinheiro público.

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A Justiça determinou a saída dos sem-terra de uma das 19 fazendas invadidas no Pontal do Paranapema, em São Paulo.

Outros três fazendeiros aguardam decisão judicial de reintegração de posse. As invasões começaram no sábado envolvendo cerca de 2 mil militantes de movimentos sem-terra. Eles querem acelerar a reforma agrária na região.

O governo de São Paulo disse à polícia vai agir com rigor para cumprir as decisões da Justiça de retirada dos invasores.

No município pernambucano de São Joaquim do Monte, outro conflito envolvendo sem terra. Quatro seguranças de uma fazenda foram mortos a tiros no sábado em um confronto com militantes ligados ao MST.

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De acordo com a polícia, o conflito teria começado depois que os sem-terra foram expulsos da fazenda por ordem judicial. Dois suspeitos foram presos no local, outros três estão foragidos. Eles alegam que agiram em legítima defesa.

Mendes cobrou ação enérgica das autoridades:

– É preciso que se sinalize a intolerância com esse tipo de prática. Dinheiro público para quem comete ilícito é também uma ilicitude.

Nenhuma autoridade do governo comentou as declarações do presidente do STF. Por meio da assessoria, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, condenou os conflitos no campo.

Ele disse que vai enviar para Pernambuco o ouvidor agrário para investigar o crime, mas só na terça-feira, dez dias depois das mortes, é que será feita uma reunião da Comissão Nacional de Combate à Violência no Campo.

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As informações são do Jornal Nacional.