“A novela se repete todos os anos. Acampadas em frente às escolas, em fila indiana e sob o sol, dezenas de famílias se submetem nesta época a uma verdadeira tortura na tentativa de matricular seus filhos, e assim tem sido em centenas de escolas da rede pública de ensino governamental pelo Estado e país afora. De tão chocantes, essas cenas divulgadas na TV e nos jornais podem dar a impressão que o problema não tem solução. É falso. Existe solução sim para o imediato aumento da oferta de vagas, e a saída está nas escolas não governamentais gratuitas a um custo bem menor do que vem sendo gasto pelos cofres públicos para a manutenção das escolas do governo.
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É importante frisar que as escolas particulares, administradas por empresários e filantropos, sobrevivem só à custa de sua própria competência e do reconhecimento da população apesar dos altíssimos impostos.
Eis o desafio maior dos governantes: políticas que permitam a ampliação do acesso à escola particular a mais famílias, e não apenas àquelas que podem pagar as mensalidades do próprio bolso – que o fazem duas vezes pelos impostos. Em um país no qual a educação é tida como prioridade, nenhum de seus agentes pode ser discriminado. Da mesma forma, os governos honestos não podem ser impedidos de apoiar o serviço particular. A ação da livre iniciativa ganha importância não só por garantir mais vagas nas escolas, mas principalmente pelas alternativas oferecidas às famílias para escolherem o estabelecimento de ensino.
O vale-educação, a permuta de impostos por vagas e a redução de tributos para a escola particular, proporcionando ensino de qualidade e gratuito às famílias são exemplos do desafio aos governantes.“
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