Presidente do PT catarinense, o ex-deputado federal Claudio Vignatti disse respeitar as manifestações e lembrou a frase da presidente Dilma Rousseff (PT) sobre preferir “o barulho das ruas ao silêncio das ditaduras”. O petista procurou minimizar a insatisfação e avaliou que o governo federal não deveria apresentar respostas aos protestos. Ironizou os participantes.
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– A manifestação é livre. Pela primeira vez estou vendo pessoas chegaram em manifestações de BMW, Mercedes, caminhonetão. É bonito também. A gente nunca via essas pessoas em manifestações – afirmou Vignatti.
O ex-deputado fez coro à defesa feita pelos ministros Miguel Rossetto e José Eduardo Cardozo de uma reforma política que acabe com as doações privadas para campanhas eleitorais.
– É o único jeito de acabar com a corrupção – avaliou.
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Povo transmitiu recado, diz Colombo
O governador Raimundo Colombo (PSD) passou o dia monitorando as questões relativas ao acidente do ônibus em Joinville e acompanhou da Casa d?Agronômica a repercussão dos protestos. Por meio da assessoria, afirmou que as pessoas transmitiram o recado de que não estão satisfeitas. Setores da administração estadual esperam que a presidente Dilma dê respostas concretas à sociedade como forma de evitar a continuidade dos atos nas ruas.
Em Joinville, o senador Luiz Henrique da Silveira (PMDB) participou do evento de dois anos do Lide Santa Catarina e de 15 anos do Balé Bolshoi Brasil. Evitou falar dos protestos em seu discurso, mas defendeu ao colunista Claudio Loetz, do jornal A Notícia, que o governo federal aumente a sintonia com a sociedade com medidas efetivas.
– É importante a redução do número de ministérios e que os cargos sejam ocupados por profissionais qualificados e sintonizados com a vontade popular. Ainda é necessário que o governo apresente um programa mínimo de superação da crise.
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Considerando as estimativas da Polícia Militar somando-se os presentes nas diversas cidades do Estado, cerca de 100 mil catarinenses foram às ruas no dia de ontem para protestar.