Apesar da relação com Santa Catarina, onde trabalhou e morou, o senador petista Delcídio Amaral, preso pela Polícia Federal nesta quarta-feira, é pouco conhecido das lideranças do PT no Estado. O presidente da Executiva Estadual do partido, Milton Mendes, engrossa o coro de Claudio Vignatti, licenciado do cargo. Segundo ele, não há proximidade entre o parlamentar e os petistas de SC.
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– Ele (Delcídio) não tinha relação com militantes catarinenses, porque a atividade pública dele sempre foi pelo Mato Grosso do Sul (seu estado natal). Não era uma figura pública para nós. Provavelmente, passava as temporadas de verão aqui, mas não tinha ligação com SC – argumenta Mendes.
O presidente do PT no Estado também comenta a relação interna do senador preso na Operação Lava-Jato. Conforme Mendes, uma figura controvertida dentro do partido.
– Na verdade, foi uma polêmica forte a entrada dele no partido. Foi filiado ao PSDB, quando entrou no PT não exercia cargo público. De certa maneira, isso gerou controvérsias. E lembro que na época o PT era muito exigente com filiações. Nos últimos anos, a própria ação dele no Senado, tem muitas contradições – afirma Mendes, que não conhece Delcídio pessoalmente.
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Sobre a suposta tentativa do senador de prejudicar o andamento das investigações da Lava-Jato, o presidente da Executiva Estadual considera que, se isso for comprovado, deve haver punição exemplar:
– Não é possível esse tipo de comportamento. Surpreende a nós essa postura de um senador. Achamos que, se for verdadeira, se justifica uma ação forte do Supremo, que precisa se proteger. Não pode ficar exposto a isso. Mas, no momento, é importante sermos prudentes.