Mais de um mês depois da última fala, o presidente do Joinville Esporte Clube, Darthanhan Oliveira, quebrou o silêncio e abriu o jogo sobre o futuro do clube, em coletiva na quarta-feira (19), na Arena Joinville.
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Eliminado na fase classificatória do Campeonato Catarinense 2023, sem calendário nacional até o fim do ano, e com a provável homologação da recuperação judicial nas próximas semanas, o JEC ainda precisa de R$ 500 mil de receitas, segundo o presidente.
— O Joinville precisa ter meio milhão de reais de receita. É possível, sim, trazer R$ 250 mil a mais de patrocinador. E termos uma carteira de 5 mil sócios — disse.
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Hoje, o Tricolor possui 2.068 sócios, porém, Darthanhan revelou que 58% são inadimplentes, ou seja, não pagadores. Para conseguir a renda, uma das estratégias do clube será mais espaços na camisa para patrocinadores.
Além disso, o presidente anunciou um calendário com eventos programados para gerar lucros ao clube, pois, de acordo com ele, o profissional não joga, mas a base possui competições do Catarinense sub-20, sub-17 e sub-15 de abril a agosto, e isso gera gastos com hotel, alimentação e viagens.
— No futebol, o foco total é na base. Reforçamos o grupo com seis jogadores, e agora já está competitivo. Espero que esses atletas ajudem na Copa Santa Catarina — afirmou.
Como fica o elenco do JEC
Previsto antes do estadual, o contrato de todos os jogadores contratados venceu e foram liberados, com exceção de dois – o goleiro Glauco e o atacante Lucas Douglas. A diretoria resolveu emprestar a dupla para times da Série D do Brasileirão, e pretende a volta deles para a Copa SC, em setembro.
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Para reforçar o time que disputará o torneio em busca da vaga na Copa do Brasil, Darthanhan quer usar os jovens da base e trazer jogadores da Série C em setembro, quando a competição estiver perto do fim.
— Não falo em ser campeão agora, a competição será um “mini-Catarinense”, quero montar um elenco para o estadual de 2024. Um dos erros (do Catarinense 2023) foi ter montado o time em pouco tempo — revelou.
O assunto técnico foi descartado pelo presidente, que não colocou como prioridade no momento.
Projetos futuros para gerar receitas
Sem divisão, o JEC não tem receitas de campeonatos, cotas de televisão, entre outros. Por isso, a diretoria anunciou eventos até o fim do ano para gerar lucros ao clube.
Pelada dos Sócios, até agosto; Pelada do Patrocinador, até agosto; evento, como a Feijoada do JEC, em julho; Corrida do JEC, em agosto; Stammtisch do JEC, em setembro; Projeto com e-games, em outubro;
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— Preciso saber se Joinville quer o JEC — disse o presidente.
Também, Darthanhan pretende fonte de receitas através de licenciamentos de produtos com a estampa do Tricolor, criar uma moeda virtual do time, reativar o Clube do Coelho para sócios e organizar o uso da marca nos outros esportes.
Além disso, o presidente relembrou que o clube tem porcentagem sobre vendas de jogadores, como 10% de Chrystian Barletta, do Corinthians, e 10% de Antony Alves, do Arouca (POR).
Como gastos, o JEC pretende reformas ou novas instalações no CT e investimento na estrutura frontal da Arena Joinville.
Selo formador
Nos planos para um futuro próximo, o JEC pretende conseguir o Certificado de Clube Formador, através da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Em uma lista divulgada pela entidade no começo do mês de abril, apenas 36 clubes profissionais do Brasil possuem o certificado.
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Por meio do selo, o clube pode registrar contratos de formação com atletas entre 14 e 20 anos e garantir o direito de assinar o primeiro contrato profissional com o atleta. Além disso, teria direito de preferência na renovação do contrato.
Para o presidente, o certificado seria ideal para garantir bons jogadores da base a ficar no clube, e não perder os atletas para clubes maiores logo no começo da carreira.
*Sob supervisão de Lucas Paraizo
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