Presidente do JEC: “Nossa dívida está sendo paga rigorosamente”

Diário Catarinense – O que está sendo feito para quitar as dívidas?

Nereu Martinelli – Nossa dívida bancária está sendo paga rigorosamente em dia. Estamos tentando entrar nesse benefício do governo federal, nessa lei que está para ser aprovada. Mas a gente vem cumprindo parcelamentos em dia. Os valores devidos ao banco estamos pagando rigorosamente, pagando salários em dia. Se você analisar bem, perto dos outros clubes, é pouco o que devemos (R$ 12 milhões). Nós tivemos que fazer uma gestão de cinco anos para cá, tínhamos dívidas trabalhistas, cheques sustados, e resgatamos tudo. A dívida está diminuindo, já diminuiu em relação ao último balanço. Alguns presidentes de clube hoje estão assumindo um problema que não é deles. Porque esse problema dos clubes não é das gestões atuais, já vem de muito tempo. Projeções mal feitas que presidentes atuais estão assumindo a herança.

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DC – Como melhorar a gestão dos clubes?

Nereu – Boa gestão é aquela que o presidente e os diretores planejam em cima de um orçamento pré-estabelecido e gastam em cima do que se arrecada. Se a gente não tivesse dívidas do passado nós estaríamos sem problemas nenhum. Acho que você tem que montar uma equipe competitiva dentro do que pode gastar. Mas no futebol é 70 % razão e 30% emoção, então é difícil fazer isso. Mas se tem um planejamento, um orçamento pré-estabelecido por um conselho deliberativo, a diretoria executiva tem que cumprir aquilo. Buscar outros recursos aumentando sócios, buscando patrocinadores, para que tenha uma geração de receita extra para você gastar um pouquinho a mais com o futebol.

DC – E em relação às fontes de receita, o que está sendo feito para ampliá-las?

Nereu – O JEC está aumentando o número de sócios, fazendo promoções, pegamos o clube em 1.500 sócios e hoje está em 10.500. É essencial para podermos investir um pouco a mais do que está planejado no orçamento, é dessa maneira que você consegue reforçar a equipe. Hoje minha maior fonte de renda é o sócio, arrecadamos em média em torno de 700 mil com sócio. A TV me dá 270 mil por mês, em 1 0 parcelas. Eu e o Avaí recebemos na Série B 3 milhões brutos. Não fossem os sócios, estaria morto.